São Paulo – O Dia Nacional de Paralisações da quarta-feira 15, convocado pela CUT e movimentos sociais em resposta à proposta de reforma da Previdência de Michel Temer que praticamente acaba com a aposentadoria dos trabalhadores da cidade e do campo, ganhou adesão em todas as regiões do país. O objetivo é também pressionar os deputados federais que compõem a base do governo para que não aprovem projetos que prejudiquem os trabalhadores.
Os bancários da base do Sindicato – São Paulo, Osasco e região – aderiram ao movimento de resistência paralisando as atividades em agências e complexos administrativos.
“A mobilização tem de continuar. Cada trabalhador tem de engrossar ainda mais essa mobilização enviando mensagens aos deputados e aos senadores deixando muito claro que não aceitam a retirada de direitos. Não aceitam essa proposta de reforma da Previdência que praticamente acaba com a aposentadoria dos brasileiros, que não aceitam que seja aprovada a terceirização sem limites, que visa apenas reduzir e acabar com vários direitos”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.
O protesto na Avenida Paulista reuniu milhares de trabalhadores, além de bancários, professores, estudantes, metalúrgicos e integrantes de outras categorias engrossaram o coro de “Nenhum direito a menos”.
O presidente da CUT, o bancário Vagner Freitas, enfatizou a adesão das mais diversas categorias profissionais em praticamente todo o país. "Os golpistas acharam que nossa greve não ia dar em nada. E foi a greve mais bonita dos últimos tempos. Colocamos milhões de pessoas nas ruas em todo o Brasil. Contra as reformas da Previdência e trabalhista e contra o PL da Terceirização. Não vamos deixar passar e esse foi nosso recado de hoje".
O ex-presidente Luiz Inácio Luta da Silva também compareceu ao ato e fez uma defesa dos bancos públicos. "Esse país tem de voltar a ter bancos públicos, o BNDES tem que voltar a ser um banco de investimento. Estão desmontando a indústria naval, a construção civil. Esse país já foi respeitado nos EUA, China, índia, no mundo todo. E hoje nós temos um presidente que não tem coragem de ir à Bolívia. O povo só vai parar de lutar quando eleger um governo de forma democrática".