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Caixa: Sindicato na luta contra o descomissionamento arbitrário

Linha fina
Entidade percorreu diversas SR´s e agências na segunda-feira 5 denunciando a retirada de função de centenas de gerentes PJ; graças a liminar obtida pelo movimento sindical, incorporação está assegurada para empregados com 10 anos ou mais no cargo
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Arte: Márcio Baraldi

Atualização em 26/06/2018: Caixa ameaça a todos com descomissionamento.

O Sindicato percorreu na segunda-feira 5 diversas superintendências e agências da Caixa, na capital paulista, para denunciar o descomissionamento arbitrário de centenas de gerentes PJ e mobilizar empregados na luta contra o desmonte imposto pelo governo Temer no banco público - evidenciado nos processos de reestruturação e verticalização - que prejudica todo o conjunto dos trabalhadores da instituição, a população e o desenvolvimento do país. 

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A direção da Caixa estipulou meta de 200 pontos para que uma agência mantenha a função de gerente PJ. Meta essa que é inalcançável para gerentes de agências que não possuem carteiras consolidades. Em sua verticalização, a Caixa tem priorizado clientes de alta renda, buscando atuar em segmentos já fidelizados pelos bancos privados, e com isso o encarteiramento de clientes com até R$ 360 mil de faturamento anual, a maior parte da carteira PJ do banco público, gera poucos pontos. Após o descomissionamento dos gerentes PJ, o próximo alvo é a função de gerente PF. 

> Cartilha dos Sindicato mostra a importância dos bancos públicos

“O descomissionamento arbitrário no âmbito da verticalização é mais um golpe não só contra os gerentes PJ, mas contra todo o conjunto de empregados da Caixa, que serão prejudicados em um verdadeiro efeito dominó. É um ataque direto contra a renda e a carreira dos trabalhadores. Além disso, ao priorizar clientes de alta renda, a direção do banco ignora a função da Caixa enquanto banco público e dá um tiro no próprio pé, uma vez que esse segmento já é altamente fidelizado pelas instituições privadas”, diz o dirigente do Sindicato e empregado da Caixa Danilo Perez.

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O dirigente ressalta ainda que a verticalização abre portas para abusos como, por exemplo, ameaças de descomissionamentos, desvios de função e assédio moral. “Nesse dia de luta contra o descomissionamento arbitrário entregamos carta aberta aos empregados denunciando mais esse ataque da Caixa contra os nossos direitos, funções e condições de trabalho. O bancário que for ameaçado de descomissionamento ou assediado moralmente de qualquer forma deve denunciar ao Sindicato pelo canal Assuma o Controle. O sigilo é absoluto.”

Gestão - O Sindicato, junto as demais entidades representativas dos empregados, cobra da direção da Caixa que os seus trabalhadores voltem a ter voz ativa na gestão do banco público e fará reunião com a diretoria regional na quarta-feira 7.   

“A Caixa chegou ao atual patamar de terceiro maior banco do país com os empregados colocando o dedo na gestão, impedindo retrocessos como os que são impostos hoje pelo governo Temer e valorizando a função social do banco, fundamental para o desenvolvimento do país, retomada econômica e combate da desigualdade. É preciso que os empregados tenham voz para que esse caminho seja retomado. Para que os nossos direitos, empregos e carreiras sejam preservados. Para que a Caixa possa continuar exercendo funções não contempladas por outras instituições. A luta em defesa da Caixa 100% pública e da sua função social é a mesma luta em defesa dos empregos e direitos dos empregados.”, conclui Danilo.

Incorporação de função – Graças a liminar com abrangência nacional, conquistada na Justiça pela Contraf-CUT, que determinou a imediata suspensão dos efeitos da revogação do RH 151, está assegurada a incorporação de função aos gerentes PJ e demais empregados da Caixa descomissionados sem justo motivo após pelo menos 10 anos no exercício do cargo.

> Liminar mantém incorporação de gratificação de função

A desembargadora Maria Regina Machado Guimarães, vice-presidenta do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) acatou o argumento da Contraf-CUT de que o RH 151 é norma interna da Caixa e, por isso, incorporada ao contrato de trabalho dos empregados, devendo ser respeitada.  

“Como sempre defendemos, não há amparo legal para acabar com a incorporação de função, pois, o RH 151 integra o nosso contrato de trabalho. A tentativa de revogação ilegal do normativo pela direção do banco é mais um exemplo do quanto é necessário estarmos atentos e fortes. É fundamental que os empregados se mobilizem cada vez mais na luta em defesa dos nossos direitos, empregos, da Caixa 100% pública e da sua função social”, conclama o diretor do Sindicato e coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis. 

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