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Chapéu
Não ao desmonte!

O Brasil de Amanhã: série online discute desconstrução do Estado e saídas possíveis

Linha fina
Artigos de economistas colaboradores do Instituto Lula abordam temas como desmonte do BNDES, privatização, bancos públicos e política industrial
Imagem Destaque
Arte: Marcio Baraldi

São Paulo – Um coletivo de economistas colaboradores do Instituto Lula divulga, desde 16 de fevereiro, cerca de dois artigos inéditos por semana sobre vários temas em pauta no país, do golpe parlamentar que destituiu a ex-presidenta Dilma Rousseff, à desconstrução do Estado pelo governo de Michel Temer. Desmonte do BNDES, privatização de setores da Petrobras ou de empresas a ela ligadas, bancos públicos, política industrial, câmbio, soberania nacional em xeque e terceirização estão entre os temas da série online O Brasil de amanhã. Os textos apontam problemas, propostas, ideias e perspectivas para os próximos anos. A reportagem é da Rede Brasil Atual.

A série teve início com um artigo do ex-presidente do PT, Rui Falcão, sobre a democratização das comunicações no país. "Atuar para democratizar a comunicação do país é um elemento estratégico para a defesa da própria democracia", afirma Falcão.

O professor do Instituto de Economia da Unicamp Ricardo Carneiro comenta o Crescimento e inclusão social no Brasil, texto dedicado in Memoriam a Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Carneiro lembra que a economia brasileira voltou a crescer a taxas significativas entre 2004 e 2013, em comparação ao desempenho medíocre do período anterior. “O dado mais eloquente para traduzir esta trajetória é o do PIB per capita: entre 1980 e 2003 ele cresce apenas 6% , contrastando com o aumento de 30% entre 2004 e 2013, um incremento anual de 2,6%”, escreve.

O economista Jorge Mattoso, presidente da Caixa Econômica Federal no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, no artigo Para que bancos públicos federais de varejo?, coloca em discussão o papel dos bancos públicos federais que ajudaram no desenvolvimento econômico e social do país a partir de 2003, ano do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em sua colaboração, o também economista Ernani Teixeira Torres Filho discute A crise do BNDES: como evitar sua desmontagem. Para ele, “nos dois últimos anos, a rota de expansão que a instituição seguiu desde 2008 foi revertida e deu lugar a um processo de rápido encolhimento, que ameaça sua sobrevivência em um prazo relativamente curto”.

Autor do quinto e último entre os textos já publicados, o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, põe em debate os Desafios para enfrentar a agenda de redução do custo do trabalho no Brasil.

Em abordagem ampla, ele trata das transformações do capitalismo e as questões trabalhistas nos contextos de vários países do mundo. “México e Brasil romperam em 2017 as frágeis portas da proteção social e laboral na América Latina e incentivaram novas frentes reformistas neoliberais da legislação laboral que já se implantaram em países como Argentina, Bolívia, Peru, Chile, entre outros”, opina.

Segundo o Instituto Lula, a série inteira, com publicações às segundas, quartas e sextas-feiras, deve ter em torno de 12 a 15 artigos que são sempre publicados no primeiro texto sobre a série O Brasil de Amanhã

Confira, os links dos textos já divulgados, na ordem de publicação:

:: Democratizar a comunicação (Rui Falcão)

:: Crescimento e inclusão social no Brasil (Ricardo Carneiro) 

:: Para que bancos públicos federais de varejo? (Jorge Mattoso) 

:: A crise do BNDES: como evitar sua desmontagem (Ernani Teixeira Torres Filho) 

:: Desafios para enfrentar a agenda de redução do custo do trabalho no Brasil (Clemente Ganz Lúcio)

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