O governo Bolsonaro e a nova direção da Caixa vêm promovendo diversos ataques contra os empregados e contra o caráter público do banco. O presidente Pedro Guimarães já anunciou que pretende fatiar a empresa e privatizá-la em pedaços. Áreas entre as mais lucrativas, como seguros, cartões, assets e loterias, estão na mira da nova direção do banco. Como forma de protesto ao desrespeito com os trabalhadores e para mostrar contrariedade às medidas privatistas que estão sendo implantadas, os empregados farão o Dia Nacional de Luta da Caixa na próxima sexta-feira 15.
Além disso, na última semana a imprensa noticiou que, a pedido de Pedro Guimarães, o banco deve fazer uma provisão de aproximadamente R$ 7 bilhões para cobrir perdas esperadas com calotes na carteira de financiamento imobiliário e a desvalorização de imóveis retomados pelo banco.
Porém, como informa Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva de Empregados (CEE), a inadimplência na Caixa é mais baixa que a dos demais bancos. Ele ressalta que um provisionamento tão grande assim não é necessário. “Reduz sobremaneira o valor que o banco teria que pagar a título de Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) aos empregados, que deram duro e conseguiram superar as metas estipuladas. A nova direção da Caixa, no entanto, não quer reconhecer o esforço dos seus empregados.”
Por isso, o movimento sindical solicitou uma reunião com o banco para esclarecer as mudanças que estão sendo feitas. Mas, a Caixa se recusou a passar informações e esclarecimentos às entidades de representação dos empregados.
Além de em defesa da Caixa 100% Pública, a manifestação da sexta-feira 15 é contra a venda das áreas mais lucrativas do banco, na defesa do seu papel social, contra as contramanobras que reduzam o lucro da Caixa, por mais reconhecimento ao trabalho, por mais empregados já e pelo fim do assédio moral na empresa.