Pular para o conteúdo principal
Chapéu
#8M

Mulheres dão início a campanha em defesa da vida e por direitos

Linha fina
Programação começa no domingo 7, com live na pagina da CUT no facebook. Participe!
Imagem Destaque
Montagem: Linton Publio

Por conta da crise causada pelo coronavírus, o 8 de Março, Dia Internacional das Mulheres, será diferente. Esse ano, as mulheres não ocuparão as ruas do Brasil com suas expressivas marchas, mas ocuparão as redes em defesa da vida e combate à violência doméstica, e contra machismo.

Mulheres do Novo Mundo: conheça mais três homenageadas!

Com o mote Mulheres em Defesa da Vida, as mulheres de diversas categorias discutirão, de forma virtual, pautas importantes e que as afetam e atingem diretamente com a pandemia de coronavírus.

"Neste ano, o nosso debate virtual terá a oportunidade de dialogar com mulheres do Brasil todo. Essas pautas também dialogam com nós bancárias e, como Sindicato Cidadão, estaremos engajados nesta luta. Nossas pautas são comuns e vamos lutar contra a fome e a violência, por vacina, pela volta do auxílio emergencial, por emprego descente e por fora Bolsonaro", comenta Adriana Magalhães, diretora do Sindicato e integrante do Coletivo de Mulheres da CUT SP.

A secretária-geral do Sindicato, Neiva Ribeiro, que também é vice-presidenta da Uni Américas Mulheres comenta que os bancários e bancárias também somaram à essas pautas a luta contra a reestruturação dos bancos públicos e contra as demissões.

"Neste 8 de março temos muito que questionar e reivindicar, mas a principal pauta deste ano é questionar o governo da sua ineficiência diante das mais de 260 mil mortes, plano de vacinação ineficaz e um total colapso no sistema de saúde que deixará muitas mulheres sem seus maridos, filhos, pais e entes queridos. No dia a dia, a luta para as novas demandas do teletrabalho, em um contexto de pandemia, o acúmulo de tarefas domésticas, atender muitas vezes os filhos que estão em casa e driblar a pressão por metas abusivas dos bancos tem sido ais desgastantes para as mulheres que em tempos normais. Diante de todas essas questões e mesmo com a pandemia, as mulheres vão protestar, diz.

Confira a programação:

- Domingo dia 7, live às 13h, na página da CUT no facebook;

- Segunda dia 8, tuitaço às 12h, em conjunto com várias categorias profissionais e sociedade civil com a hashtag #MulheresNaLutaPelaVida;

- Campanha do Sindicato para arrecadação de absorventes por meio do projeto Bancári@ Solidári@

- Live dia 18, curso Mulheres e Tecnologia - oportunidades e desafios. Inscreva-se pelo http://tinyurl.com/mulherestecnologia

Mulheres mais afetadas na pandemia

Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), realizada pelo IBGE, apontam que mais de 7 milhões de mulheres deixaram seus postos de trabalho no início da pandemia, 2 milhões a mais do que o número de homens na mesma situação. 

Campanha quer arrecadar kits de higiene para mulheres

E revelam ainda que, por conta disso, aumentaram os casos de feminicídio no Brasil em 22%. A pesquisa mostra ainda que nove em cada dez mães de favelas tiveram dificuldades para comprar comida para a família por causa da perda de renda, fim do auxílio-emergencial e dificuldades para se recolocar no mercado de trabalho. A taxa geral do desemprego das mulheres é 39,4% superior a dos homens.

A pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 260 mil pessoas no Brasil, agravou a situação que já era ruim e aumentou a desigualdade entre homens e mulheres na vida e no trabalho, e sem políticas públicas em nenhuma área, elas têm de se virar como conseguem.

"A vida das brasileiras nunca foi tão difícil, mas não podemos desistir. Mais do que nunca precisamos de união e termos esperança. O Sindicato juntamente com tantas feministas do mundo todo ecoam suas vozes por um outro mundo para as novas gerações. E a construção de uma nova sociedade se faz com sororidade, empatia , relações compartilhadas, igualdade de gênero e comida na mesa", finaliza Adriana.

seja socio