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Chapéu
Migração de produtos

Sindicato cobra manutenção dos empregos no Radar Santander

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Imagem mostra uma mulher com as mãos na cabeça e os cotovelos apoiados em uma mesa, em sinal de preocupação, sentada em frente a a um computador

Os funcionários do Radar Santander com jornada de seis horas das áreas de atendimento foram comunicados que os produtos Câmbio e Private passarão a ser atendidos pela coligada SX Negócios. A novidade foi informada em um bate-papo informal com seus líderes.

Com isto, esses bancários passaram a temer pelos seus empregos – o centro administrativo localizado em Santo Amaro tem sido palco de inúmeras demissões e migrações para outras empresas do conglomerado.

O Sindicato dos Bancários de São Paulo reivindica que os empregos desses trabalhadores sejam mantidos, diante da mudança; e está à disposição para orientações jurídicas necessárias.

Muitos dos funcionários da área de atendimento permaneceram em seus postos na expectativa de que seriam mantidos na instituição, dada a importância das atividades realizadas.

Outros, temendo o cenário do desemprego, foram levados a crer que se performassem excepcionalmente, seriam migrados para a coligada, o que até agora não foi confirmado. Pelo contrário. Foram orientados a buscar vagas no “Carreiras” ou no próprio mercado.

“Sensação de ter sido feita de palhaça. Enquanto havia vagas que eu poderia ter me inscrito, a gestão disse que meu serviço era indispensável e que com certeza haveria uma posição para mim num grupo reduzido de pessoas que seria migrado a coligada. Agora disseram que não vai haver migração e não há vagas no Portal”, desabafa uma trabalhadora que prefere não se identificar.

“Têm sido práticas do banco surpreender os trabalhadores com migrações e extinção de departamentos inteiros, que passam a ser terceirizados, resultando na demissão de pais e mães de família”, denuncia a dirigente sindical Irene Juarez Dias.

>Santander amplia fraude na contratação com migração da área de Facility para a SX Tools

“Atualmente, a concentração abriga majoritariamente as chamadas ‘coligadas’ que são empresas do conglomerado criadas com o objetivo de fragmentar a categoria bancária e fraudar a representação Sindical desses trabalhadores, que permanecem realizando as mesmas atividades, parte deles no mesmo espaço físico, porém não mais como bancários. “Com isso, estes trabalhadores perdem importantes direitos e benefícios conquistados pela luta Sindical”, enfatiza Irene.

Banco se recusa a assinar ACT

Em reunião entre o Sindicato e o Santander, realizada em dezembro de 2023, o banco havia sinalizado que iria eliminar o cargo J6, no call center. O banco também se recusou a renovar o acordo coletivo específico para os bancários do call center. O Sindicato voltou a cobrar a manutenção dos empregos ou a possibilidade de os funcionários concorrerem a vagas em áreas centrais.

“O banco alegou que alguns trabalhadores não possuem qualificação, e um pequeno grupo não se sentiu motivado a fazer extensão para a jornada de oito horas, porque o salário não iria aumentar. O banco conseguiu migrar algumas pessoas para a Ouvidoria, porém fica claro o descaso do banco ao não absorver todos os trabalhadores”, pontua Wanessa de Queiroz, coordenadora da COE Santander.

Sindicato segue protestando

No último dia 7, o Sindicato promoveu um protesto no próprio Radar contra as migrações e as alterações na Rede (Multicanalidade). No entanto, mesmo após a manifestação, foram efetuadas duas demissões na área de STI.

“Não é correto esses trabalhadores que dedicaram tantos anos à instituição não terem a oportunidade de serem realocados dentro da própria instituição, mantendo seus postos de trabalho e o sustento de suas famílias”, afirma o dirigente sindical Antônio Bugiga.

“O Sindicato espera que o banco respeite os empregos desses funcionários e entende que uma instituição desse porte, com os lucros que vem obtendo, tem não só condições, mas obrigação social de realocar esses funcionários, impedindo com isso a demissão dos mesmos”, acrescenta o dirigente.

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