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CUT: a nova lei dos trabalhadores

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São Paulo - Era 28 de agosto de 1983, 1º Congresso da Classe Trabalhadora (Conclat) no Pavilhão Vera Cruz, em São Bernardo do Campo, quando a Central Única dos Trabalhadores foi fundada. Consolidava-se, naquele momento, a necessidade de combater a estrutura sindical oficial e avançar para democratizar as relações de trabalho no Brasil, além de organizar a luta dos trabalhadores em todo país.

> Página especial com a história dos 90 anos

Eram tempos difíceis, com a ditadura militar agonizando, mas ainda presente, reprimindo os movimentos organizados. Os trabalhadores, porém, davam mostras de sua organização e resistência com a greve histórica dos metalúrgicos da Scania (1978), e a retomada do Sindicato, iniciada com a paralisação de 1978 e consolidada com a eleição da oposição bancária em 1979.

Desde lá, os bancários sinalizavam a necessidade da construção de uma Central Única dos Trabalhadores, capaz de aglutinar o movimento sindical em todo o país e lutar por liberdade e autonomia sindicais, princípios que forjaram a fundação da CUT. Assim, há 30 anos, nascia uma central sindical classista, de massas, democrática, de lutas e pela base.

CUT Nacional - A categoria bancária também ajudou muito a Central a se estruturar em todos os estados brasileiros e organizar a luta em todo país, uma vez que os bancários têm em sua trajetória a organização dos trabalhadores em âmbito nacional. Não por acaso, a campanha salarial da categoria é unificada e cobre a totalidade do Brasil.

A democracia, a liberdade e melhores salários se conquistam, não se ganham, e, nós, da CUT, sabemos pela própria experiência que precisamos ajudar os trabalhadores a conquistarem tudo isso. Sem paternalismo, sem enganação. A CUT veio para ficar.” (Gilmar Carneiro, primeiro bancário eleito para a executiva da CUT, na Folha Bancária nº 830, novembro de 1983).


Tatiana Melim - 15/4/2013

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