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Greve fortalece organização bancária

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São Paulo - Esta é a segunda publicação a celebrar os 90 anos de história do Sindicato. Nesta edição, já como Folha Bancária – que começou a circular a partir de 1939, em substituição ao Vida Bancária – o período retratado mostra a consolidação da organização da categoria, em um período que se estende de 1945 até 1964. A partir desse momento, o foco é a resistência dos bancários até a retomada do Sindicato.

> Página especial com a história dos 90 anos

Após a saída de Getúlio Vargas do poder, com o fim do Estado Novo, uma nova fase se inicia na luta dos trabalhadores, com várias greves sendo deflagradas no país. A questão do salário mínimo da categoria era motivo de grande mobilização dos bancários, em uma luta que vinha desde 1935. Esse foi um dos principais motivos da segunda greve nacional, em 1946, com resultado vitorioso, sobretudo pelo seu caráter nacional.

No dia 7 de maio de 1947, o governo decreta nova intervenção em vários sindicatos, entre eles o dos bancários. Em 1950, uma nova diretoria assume a entidade. No ano seguinte, com reivindicações que exigiam reajuste de 40%, salário mínimo profissional e adicional por tempo de serviço, os bancários entram em greve. Ao final, o salário é reajustado em 31%.

Era o segundo governo Vargas, que voltou ao poder em 1951, permanecendo até 1954, quando suicidou-se. A eleição de Juscelino Kubitschek e seu vice, João Goulart, inicia a chamada política desenvolvimentista.

Década de 1960 - Os primeiros anos são marcados por greves, com o movimento sindical brasileiro reivindicando reajustes salariais e 13º salário. Nesse cenário, Jânio Quadros é eleito presidente da República. Mas renuncia de forma inesperada, desencadeando uma crise constitucional. Os militares tentam barrar a posse de seu vice, o Jango. Era sinal do que viria a ocorrer em 1964.

Em outubro de 1961, a terceira greve nacional da categoria conquista, além de reajustes, o compromisso do governo em montar uma comissão para estudar a fixação do salário mínimo profissional. Em 1962, os bancários conseguem, com a quarta greve nacional, aumento salarial de 60% e adicional por tempo de serviço. Em novembro, é conquistado o fim do trabalho aos sábados.

A sequência de greves e conquistas, reflexo da organização e mobilização, é interrompida na história do Sindicato. A partir de 1964, a resistência e a mobilização contra o arrocho salarial marcam a luta do período.


Tatiana Melim - 8/4/2013

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