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A mulher bancária

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São Paulo - “Não um combate sistemático ao homem, ao casamento, à feminilidade, mas arrastar todas as bancárias à luta consciente pelas conquistas de seus direitos políticos e econômicos, à liberdade de agir e pensar”

> Página especial com a história dos 90 anos

O trecho da coluna feminina do jornal Vida Bancária, da década de 1930, demonstra a importância das bancárias no processo de politização das mulheres pela busca de seus direitos. Ao contrário de muitas entidades, as bancárias puderam ingressar na Associação dos Funcionários de Bancos desde a sua criação, em 1923.

Mas foi em 1955, com a ativa participação de Consuelo Toledo e Silva, que a hegemonia masculina foi quebrada nas assembleias da categoria. Consuelo e Maria Aparecida Galvão, então a única mulher a fazer parte da equipe de redação da Folha Bancária, foram as primeiras a participar da diretoria do Sindicato (gestão 1957-1959), quando é criado o Departamento Feminino.

Em 1961, é realizada a I Conferência Nacional da Mulher Trabalhadora, cuja participação das bancárias foi representativa. Maria de Andrade, segunda tesoureira do Sindicato, reivindicou o cumprimento da jornada de seis horas, salário-família, creche e oportunidade para a mulher participar do concurso do Banco do Brasil.

O protagonismo das bancárias permitiu o alcance de conquistas que hoje são realidade na vida das trabalhadoras, como a licença-maternidade de 180 dias e o auxílio-creche/babá. Além disso, foi o processo de participação ativa das mulheres que possibilitou a chegada de Juvandia Moreira à presidência da entidade a partir de 2010. Atualmente, cerca de 70% da diretoria executiva do Sindicato é composta por mulheres.


Tatiana Melim - 8/4/2013

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