Pular para o conteúdo principal

Violência aflige funcionários do CAT

Linha fina
Concentração do Itaú, no Tatuapé, conta com mais de 5.500 funcionários e funciona 24 horas por dia. Insegurança no local assusta trabalhadores
Imagem Destaque

São Paulo – “Os assaltantes me agrediram, roubaram meus pertences e meu carro. Estou com depressão devido ao assalto, e toda a vez que entro no carro para ir embora, penso que vou ser assaltado novamente.” O relato é de um bancário do CAT (Centro Administrativo Tatuapé), uma das maiores concentrações do Itaú na capital paulista, com 5.500 funcionários e que funciona 24 horas por dia.

O diretor do Sindicato Sérgio Lopes, o Serginho, conta que os assaltos aumentaram muito nas proximidades do CAT. “Os bancários estão inseguros e com medo por causa da falta de segurança. Até o ano passado havia vigilância na parte externa, e isso foi cortado para reduzir custos. Os relatos são inúmeros. Assaltos, sequestros, roubos com agressões, furto de veículos. E não há hora para a violência. Ocorrem durante o dia e à noite.”

Outro bancário conta que foi abordado em plena luz do dia. “Fui roubado enquanto esperava o ônibus. Chegaram dois assaltantes, pediram dinheiro e celular. Eram quatro horas da tarde.”

Boletim de ocorrência – Esse mesmo bancário, no entanto, preferiu não registrar boletim de ocorrência. “Não vou perder quatro horas em uma delegacia, sendo que não vai adiantar nada, pois não vou conseguir meus pertences de volta”, diz o funcionário.

Serginho salienta que muitos bancários também evitam registrar o boletim de ocorrência porque temem sofrer algum tipo de represália do Itaú. “Eles tampouco procuram a segurança do banco porque têm medo de que as queixas cheguem aos seus gestores”, explica. O dirigente orienta os assaltados a relatarem a ocorrência à polícia e à segurança do complexo. O boletim pode ser registrado pelo www.ssp.sp.gov.br/bo. “O Sindicato procurou o Itaú, mas o banco sequer deu uma resposta para o problema. Por isso é importante registrar o boletim de ocorrência ou, no mínimo, relatar o assalto à segurança do banco, pois só assim alguma providência será tomada.”

Serginho enfatiza que os funcionários de outras grandes concentrações do Itaú contam com segurança externa. “A violência tem aumentando nos últimos meses e o banco tem a obrigação de garantir um local seguro e o bem estar de ir e vir dos funcionários do CAT”, completa o dirigente.


Rodolfo Wrolli - 26/4/2013

seja socio