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Sindicato cobra mais funcionários em agência

Linha fina
Localizada na Avenida Conselheiro Carrão, unidade incorporou outra da mesma região, fechada por conta da reestruturação, o que gerou grande aumento na demanda de trabalho
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Foto: Seeb-SP

São Paulo – A reestruturação pela qual passa o Banco do Brasil, com redução do número de funcionários e fechamento de agências, está tornando a rotina dos bancários um verdadeiro martírio. Na sexta-feira 7, o Sindicato realizou protesto em uma unidade que sofre as consequências deste processo de desmonte. Localizada na Avenida Conselheiro Carrão, zona leste de São Paulo, o local incorporou outra agência próxima, que fora fechada, o que gerou grande sobrecarga trabalho.

“A unidade incorporou toda a demanda, mas o número de caixas permaneceu o mesmo. O resultado desta equação é óbvio. Filas maiores, demora no atendimento e, principalmente, bancários cada vez mais sobrecarregados”, critica o dirigente sindical e funcionário do Banco do Brasil Willame Lavor.

Foto: Seeb-SP
Reestruturação resultou em filas e sobrecarga de trabalho


Durante o protesto, os dirigentes sindicais recolheram assinaturas de clientes cobrando que a agência receba mais bancários, sobretudo caixas.

“Tivemos grande apoio da população, que também sente na pele as consequências deste desmonte pelo qual passa o BB. Vamos encaminhar o abaixo-assinado ao banco e esperamos que sejam alocados mais funcionários na agência. Bancários e clientes merecem respeito”, conclui o dirigente. 

Nova GDP – Além de enfrentar a sobrecarga de trabalho, por consequência da reestruturação, os bancários do Banco do Brasil também sofrem com a nova GDP. As metas, antes avaliadas por meio do programa Sinergia, foram incluídas no Conexão, dentro do âmbito da GDP, com peso de 36% na avaliação individual do funcionário.

“A redução de funcionários, o fechamento das agências e a nova GDP (Gestão de Desempenho por Competências), que se tornou uma ferramenta de perseguição disfarçada de meritocracia, utilizada para descomissionar funcionários, são parte do mesmo processo de desmonte do BB pelo governo federal. Ao mesmo tempo em que reduz o quadro e precariza o atendimento, a direção do banco aumenta ainda mais a pressão por resultados”, avalia o diretor do Sindicato e funcionário do Banco do Brasil João Fukunaga.

“Esta é uma das razões pelas quais o Sindicato fez assembleias nos locais de trabalho convocando a categoria para a greve geral do dia 28 contra os ataques das reformas da previdência, trabalhista e a terceirização ilimitada, aprovada ao mesmo tempo em que o BB ampliou seus mecanismos de punição aos bancários”, enfatiza Fukunaga.

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