São Paulo - A Jornada de Luta das Mulheres na Defesa pela Democracia e direitos chegou ao bairro de Barragem, extremo da zona sul de São Paulo, no último sábado, 14 de abril. Na roda de conversa, mulheres e jovens falaram sobre a realidade e demandas do local. A atividade foi promovida pelo Sindicato por meio do coletivo de gênero.
“O bairro é bastante afastado. Para chegar a suas casas, os moradores têm que andar vários quilômetros. Não existe nenhum tipo de transporte público que atenda o interior do bairro. Ouvimos relatos de violência contra mulheres. Não existe segurança pública. A falta de transporte obriga todos a andarem no escuro, muitas vezes tarde da noite e essas mulheres acabam virando alvos fáceis”, afirma Fernanda Lopes, dirigente sindical pelo Banco do Brasil e coordenadora da Regional Sul. Além disso, os moradores reclamaram que os serviços de água, esgoto, luz e internet são precários.
Ao serem questionados sobre "Qual o seu sonho?", as repostas foram que a solução precisa ser coletiva, com mais igualdade de oportunidades, melhorias na saúde pública, mais segurança e menos intolerância.
O coletivo de gênero do Sindicato visitou também a aldeia indígena da região para conhecer a realidade, as dificuldades enfrentadas. Na ocasião, levou doações de alimentos arrecadados para ajudar essas famílias, que também sofrem pelo abandono do poder público.
O grupo se comprometeu a apoiar e ajudar a organizar a população para fazer voz às suas reivindicações e cobrar soluções.