São Paulo - Na terça-feira 24, Sindicato e CEE/Caixa (Comissão Executiva dos Empregados da Caixa), que representa a Contraf-CUT, vão se reunir com a direção do banco, em Brasília. Na pauta da mesa de negociação permanente, assuntos como a falta de pessoal - agravada pelo PDE (Programa de Desligamento do Empregado) -, verticalização, descomissionamentos arbitrários, piora no atendimento do Saúde Caixa e a defesa da Caixa 100% pública.
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Sobre esse último tema, os representantes dos trabalhadores vão reforçar posicionamento contrário à privatização de parte das Loterias. Segundo os dados mais recentes, elas arrecadaram R$ 3,3 bilhões no primeiro trimestre deste ano, 19,2% a mais que no mesmo período de 2017 (R$ 2,7 bilhões). De acordo com o vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa, Valter Nunes, essa foi “a melhor performance nos últimos cinco anos”.
Dionísio Reis, diretor do Sindicato, Fenae e coordenador da CEE/Caixa, frisa que não há motivos para abrir o capital das Loterias. “Somente em 2017, foram arrecadados R$ 13,9 bilhões, dos quais R$ 5,2 bilhões foram transferidos para programas sociais. Ou seja, quase 40% do total beneficiaram as áreas de seguridade, educação, esporte, cultura, segurança pública e saúde. Isso só é possível porque as Loterias e a própria Caixa são 100% públicas”, explica.
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Entre os programas que recebem recursos das Loterias Caixa, destacam-se o Programa de Financiamento Estudantil (FIES), Fundo Nacional de Cultura (FNC), Fundo Penitenciário Nacional (FUNPEN) e Fundo Nacional de Saúde (FNS). Na área do esporte nacional, os repasses são feitos para o Ministério do Esporte, Comitê Olímpico Brasileiro, Comitê Paralímpico Brasileiro, clubes de futebol e Confederação Brasileira de Clubes.
“O discurso de que a Caixa não tem capacidade técnica para gerenciar o patrimônio do povo, o mesmo que usam quando o assunto é o FGTS, não convence os brasileiros, muito menos os empregados do banco. Por isso, a categoria e as entidades representativas sempre lutarão em defesa da Caixa 100% pública. Não podemos permitir nenhum retrocesso na atuação e no tamanho do banco”, afirma o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.