Pular para o conteúdo principal
Chapéu
Movimento sindical

UNI Finanças debate conjuntura política e sistema financeiro

Linha fina
Reunião da direção executiva da entidade, que representa mais de 3 milhões de trabalhadores de 237 sindicatos do setor financeiro, foi realizada em São Paulo na quinta-feira 5; Encontro contou com a participação do ativista e estrategista do campo sindical e social norte-americano, Stephen Lerner
Imagem Destaque
Foto: Angelo Di Cristo / Facebook

São Paulo - Foi realizada na quinta-feira 5, em São Paulo, a reunião da direção executiva da Uni Finanças, entidade presidida pela bancária e diretora executiva do Sindicato Rita Berlofa, que representa mais de 3 milhões de trabalhadores de 237 sindicatos do setor financeiro. O encontro contou com uma ampla programação, que se estendeu por todo o dia. No período da manhã, tiveram destaque a atual conjuntura política do Brasil - abordada pela presidenta do Sindicato, Ivone Silva, que abriu a reunião - e a necessidade de uma regulação do setor financeiro que tenha nos trabalhadores seus protagonistas. 

“O golpe foi imposto para a retirada de direitos. Aprovaram a reforma trabalhista, um lei de terceirização e o congelamento dos investimentos públicos, inclusive em saúde e educação, por 20 anos. Com isso, a população começou a perceber que tiraram uma presidenta eleita  para subtrair direitos. A partir daí, a defesa do ex-presidente Lula nas ruas começou a ter ressonância novamente”, enfatizou Ivone.

“Mudaram a interpretação da nossa Constituição de que ninguém pode ser preso antes de todos os recursos cabíveis. Nosso Supremo Tribunal Federal interpretou que agora você pode ser preso se condenado em segunda instância. Em segunda instância, em um processo sem provas concretas, um colegiado condenou o ex-presidente Lula. Os fatos que ocorreram ontem tem relação com o golpe dado em 2016, quando derrubaram uma presidenta eleita. Nós percebemos que o STF participou desse golpe quando ele legitimou o impeachment (...) Os direitos individuais, de todos os cidadãos, foram rasgados após o STF não cumprir a Constituição”, acrescentou.

Regulação do sistema financeiro

Durante a reunião, o ativista e estrategista dos campos sindical e social norte-americano, Stephen Lerner, apresentou o artigo Inclinando a balança: ação coletiva por trabalhadores financeiros cria regulação desde baixo, escrito por ele em coautoria com Rita Berlofa e Molly McGrath, com apoio da Fundação Friedrich Ebert. 

“O artigo trata da necessidade de uma regulação do sistema financeiro de baixo para cima, com os trabalhadores como protagonistas. São eles que sabem e conhecem os mecanismos das más práticas do setor como, por exemplo, vendas irresponsáveis de produtos. Para isso, é necessário empoderarmos os trabalhadores do setor para que tenham a liberdade de denunciar essas más práticas. A financeirização cada vez maior da economia, uma das consequências da não regulação do setor, aprofunda a desigualdade social e o empobrecimento da população”, explica a presidenta da UNI Finanças. 

seja socio