O ato de mulheres em defesa da aposentadoria e contra a "reforma" da Previdência lotou o auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira 11. Parlamentares e representantes da sociedade civil organizada criticaram as mudanças previstas na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019 que, entre os pontos, altera a idade mínima para 62 anos e eleva o tempo de contribuição aos 30 para as mulheres terem direito ao benefício.
Em entrevista ao repórter Uélson Kalinovski, do Seu Jornal, da TVT, a deputada Jandira Feghali (PcdoB-RJ) avalia que as propostas da "reforma" não reconhecem "as diferenças da vida real" que colocam as mulheres em posição de desigualdade no mercado de trabalho, quando comparadas aos homens, seja pela remuneração menor como nos tipos de ocupação laboral. "Ela (PEC 6) somente exclui essas mulheres", destaca a parlamentar.
Apontadas como as categorias que sairão mais prejudicadas pela "reforma", no ato, professoras e trabalhadoras rurais também contestaram as alterações previstas pelo governo. "Essa PEC 6 não é uma proposta de reforma, ela é um desmonte da Previdência Social", resume a integrante da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) Mazé Moraes.
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