Trabalhadores das seis empresas públicas paulistas que estão na proposta de privatizações do governador João Doria (PSDB) preparam mobilizações para a próxima semana para dialogar com a população e mostrar a importância dessas empresas para o estado. Para eles, o Projeto de Lei (PL) 1/2019 é um cheque em branco para privatizar, sem explicar como será feito, quais os objetivos da medida e que benefícios trará à população.
As seis empresas relacionadas no projeto são: Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa); Companhia Paulista de Obras e Serviços (CPOS); Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S/A (Emplasa); Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo (Codasp); Imprensa Oficial do Estado de São Paulo; e Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp).
Para o arquiteto Pedro Suarez, servidor da Emplasa, o PL é um talão de cheque em branco. “O governador pede ao Legislativo para ter poderes de alienar ações ou extinguir, fundir, transformar seis empresas. E diz que elas podem ser incluídas no plano de desestatização. Mas não explica qual ação será tomada sobre cada empresa nem o que vai acontecer com os trabalhadores”, ressaltou, em entrevista ao repórter Cosmo Silva, da Rádio Brasil Atual.
A deputada estadual Beth Sahão (PT) ressaltou que as companhias não são deficitárias e não há justificativa para a privatização. “São empresas que prestam um serviço fundamental. São lucrativas. O único interesse que eu posso ver é de atender a quem ele representa, os empresários que ajudaram ele a se eleger”, afirmou.