O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região se une à luta dos movimentos sociais, durante a pandemia de coronavírus, e participa da construção da Frente de Solidariedade da zona oeste da capital paulista.
A exemplo do que faz com a ação do projeto Bancári@ Solidári@, que doa roupas, kits de higiene pessoal, além de mais de mil refeições diárias na Quadra dos Bancários para a população em situação de rua e moradores afetados pela crise do novo coronavírus, a Frente tem como objetivo promover essa ação também em comunidades localizadas nas regiões da Lapa, Butantã, João XXIII e adjacências.
Para o diretor do Sindicato e vice-presidente da CUT-SP, Luiz Claudio Marcolino, a ideia neste primeiro momento é fazer um levantamento das entidades existentes na região e saber qual a necessidade de cada uma delas.
"Muitas vezes, as entidades recebem muitos alimentos e sobram. Outras recebem quantidade insuficiente e falta. Com esse levantamento, enviaremos a quantidade necessária para que todas as famílias que residam na zona oeste possam ser atendidas. A parceria com o Sindicato dos Bancários ajudará a centralizar as doações e criar uma logística naquela região", destaca.
Marcolino ainda acrescenta que esta Frente de Solidariedade será um movimento supra partidário e envolverá também sindicatos, entidades e movimentos sociais.
"Todos que se identificam com a causa podem participar, porque a nossa ideia é ter um movimento fortalecido e que não dure somente enquanto houver pandemia. Algumas destas entidades já são cadastradas na Prefeitura de São Paulo, mas as doações duraram até às eleições, e neste momento a fome retornou, e as famílias carentes necessitam novamente de atendimento", comenta.
O bancário do Banco do Brasil e presidente do Partido dos Trabalhadores no Butantã, Daniel Kenzo, diz que a ideia surgiu após uma conversa com as lideranças locais, ao perceber que há necessidade de uma campanha de solidariedade pela situação de emergência a qual as famílias estão vivendo neste momento.
"As campanhas de solidariedade diminuíram bastante, e tivemos ainda a redução absurda do valor do auxílio emergencial, deixando muitas famílias jogadas à própria sorte na pandemia, sem conseguir fazer o isolamento e sem conseguir também a sua renda diária para sobrevivência. Por isso, estamos construindo essa Frente e já estamos organizando como será o cadastro dessas comunidades, a forma de arrecadação e a distribuição dos alimentos".
Kenzo destaca que a Frente cobrará ainda do poder público para que ele também dê assistência a essas famílias.
"Essa Frente não será somente de solidariedade, através dela iremos fazer também uma frente de luta. Não podemos deixar o poder público de fora e vamos cobrar para que ele também dê assistência a essas famílias num momento tão difícil de crise nunca antes enfrentado por nós, brasileiros. Espero que nossa Frente tenha bastante força para lutar e mudar a realidade das famílias carentes da região oeste de São Paulo", finaliza.