O Sindicato dos Bancários de São Paulo, por meio da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), conquistou a distribuição linear de um delta para todos os empregados elegíveis na Promoção por Mérito. O formato de distribuição foi negociado em reunião com a direção da Caixa realizada nesta terça-feira 9.
“A ideia da Caixa com relação à Promoção por Mérito, que é justamente a distribuição dos deltas, é vincular tal distribuição ao atingimento de metas. Nosso pleito era que atingidos todos os critérios elegíveis, todos os empregados façam jus à distribuição de ao menos um delta, e isso foi conquistado! Neste modelo, o segundo delta não foi disponibilizado pela Caixa. No entanto, consideramos uma importante conquista, pois cada empregado foi beneficiado pela negociação.”
Vivian Sá, diretora do Sindicato e da Apcef/SP, e empregada da Caixa
O delta será distribuídos a todos, exceto quem se enquadra nos seguintes casos:
- Está na última referência salarial (248);
- Trabalhou menos do que 180 dias em 2023;
- Possui penalidades (suspensão, censura ética);
- Teve advertência em 2023 e já tenha recebido outra nos últimos 5 anos;
- Possui uma ou mais faltas não justificadas;
- Está com contrato de trabalho suspenso no mês de pagamento.
Proposta insuficiente para PCDs frustra empregados
Na mesma reunião, os representantes da Caixa apresentaram uma proposta específica para empregados PCDs e pais e mães de PCDs, que basicamente consiste em quatro itens:
- Transformação da Apip de dias para horas
Os representantes da Caixa alegam que esta mudança vai beneficiar este grupo de empregados. No entanto, os representantes dos trabalhadores afirmaram à Caixa que fazer o empregado pagar as horas consignando seu direito ao Apip não se trata de benefício. Foi dito à Caixa que transformar Apip de dias para horas pode ser debatido, mas não dentro do tema PCD;
- Flexibilização da jornada
Este ponto pode auxiliar na organização diária dos empregados PCDs ou pais e mães de PCDs. Mas os critérios e formato para atendimento à demanda precisam ser melhor definidos para serem apresentado novamente;
- Priorização de home office
Os representantes dos empregados consideram que esta proposta não deve ser apresentada neste formato, uma vez que já há legislação sobre o tema, e a Caixa precisa urgentemente normatiza-la, restando trazer aos representantes dos empregados um formato que atenda à legislação ou que a supere;
- Redução e jornada com redução salarial
A Caixa alegou que este ponto seria uma última solução caso as anteriores não atendam as necessidades dos empregados. Diante deste cenário, haveria uma análise caso a caso para a possibilidade de aplicar a redução de jornada e de salário.
Os representantes dos empregados, que já consideraram as três propostas anteriores insuficientes, classificaram esta como uma grave imposição. Foi avaliado que a redução salarial é uma dupla penalidade para este grupo de empregados, e seus representantes recusaram a proposta na mesa de negociação.
“A Caixa Econômica Federal ouviu as considerações dos representantes dos empregados e se comprometeu a continuar os debates em uma nova mesa de negociação a ser agendada. Também cobramos a apresentação de um calendário para tratar de todas as outras demandas pendentes, bem como a retomada das reuniões dos grupos de trabalho que foram instituídos”, informa Vivian Sá.