
O Sindicato dos Bancários de São Paulo se reuniu com o Bradesco para tratar das demissões muito acentuadas ocorridas desde março, e da redução do home office para alguns trabalhadores.
Na reunião realizada virtualmente na sexta-feira 11, o Sindicato levou a preocupação do alto volume de demissões, que está causando apreensão nos departamentos – os funcionários têm procurado a entidade, apavorados com os boatos, como a contratação da consultoria McKinsey para fazer uma reestruturação.
Os representantes do banco explicaram que a consultoria foi contratada para fazer um diagnóstico, apresentar um benchmark (comparação de desempenho) e sugerir uma metodologia. A consultoria não determinará quem fica e quem sai do banco.
Sobre as demissões, o Sindicato relatou uma quantidade bastante elevada em alguns departamentos. O banco disse que não se trata de processo de demissão em massa.
O Bradesco assumiu que houve desligamentos, mas argumentou que também teve muitas admissões no país todo, inclusive na base deste Sindicato, e não somente na área de TI. O banco justificou as demissões alegando que está olhando para desempenho e perfil, e que sob esta ótica, a empresa deu uma série de novas oportunidades, inclusive promoções e mérito.
“O Sindicato segue permanentemente na defesa do emprego, e ainda mais desde do início da reestruturação que o banco anunciou. Somos contra as demissões e continuaremos denunciando”, afirma Marcio Rodrigues, diretor do Sindicato e bancário do Bradesco
Home office
Uma série de reclamações chegaram ao Sindicato em março, principalmente do departamento de Investimento, onde houve uma redução do regime de home office. Os trabalhadores atuavam no esquema de três dias presencias por dois em home office, e agora estão em quatro por um. Os empregados destes departamentos estão lotadas majoritariamente no Plaza e na Cidade de Deus. Também houve relatos de mudanças para o pessoal de tesouraria, situados no Plaza.
Os bancários afirmam que entregam suas tarefas, independentemente do local de trabalho – seja home office ou no centro administrativo.
O banco respondeu que fez essa alteração de modelos e processos por conta da mudança recente do banco, principalmente ligada ao Bradesco Principal – como o banco está fazendo essa nova segmentação, esses profissionais tiveram de trabalhar mais dias no escritório.
Segundo o banco, não há nenhum estudo em andamento para reduzir outras áreas de home. Qualquer problema relativo a este tema ou outro problema, os bancários devem reportar ao Sindicato, por meio dos contatos abaixo.
“O modelo de home office por mais dias melhora a qualidade de vida do trabalhador, que perde menos tempo com a mobilidade. Os bancários se adaptaram a esse modelo. Prova disso foi o alto lucro apresentado pelo banco, que não justifica nem demissões e nem o fim do home office. O Sindicato permanecerá atento aos problemas e denúncias dos bancários”, afirma Vanderlei Alves, diretor do Sindicato e bancário do Bradesco.
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