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Escola na periferia demonstra abandono do estado

Linha fina
Governo Alckmin ainda não tomou providencias para reconstruir unidade que pegou fogo no final de 2014
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São Paulo – O dia 12 de novembro de 2014 é lembrado com tristeza e revolta por moradores do bairro Barragem, na periferia da zona sul da capital paulista.  Naquela data, centenas de alunos, pais e professores presenciaram, impotentes, a Escola Estadual Professora Renata Menezes dos Santos ser consumida em chamas. Junto com ela foi perdida toda a vida escolar das crianças e adolescentes: documentos, fotos, desenhos, lembranças.

> Escola pega fogo na zona sul de São Paulo 

Os bombeiros tentaram apagar o incêndio, mas foram prejudicados pela falta d´água que já assolava toda a região à época.

Descaso – Logo após o incidente, os cerca de 600 estudantes foram transferidos para outra escola estadual, a Joaquim Moraes Cruz. A mudança, que seria provisória, perpetua-se quase seis meses depois.

“Não tem estrutura para comportar os alunos das duas escolas. As salas estão abarrotadas, os funcionários estão sobrecarregados. O governo fala em educação de qualidade, mas é humanamente impossível para os professores darem aula decente com tanta gente”, afirma Sidnéia Aparecida Chagas que integra a APM (Associação de Pais e Mestres) da escola destruída.

Ela e outros moradores da região chegaram a se reunir com integrantes da Secretaria Estadual de Educação e da Delegacia de Ensino da região em duas ocasiões, a mais recente em meados de fevereiro. “A escola permanece em escombros desde o incêndio. Pedimos a colocação de tapumes e retirada de entulho do local, pois algumas crianças teimam em ir até lá para brincar no parquinho que não foi destruído. Mas nem isso fizeram. Não deram sequer prazo para a reconstrução da escola”, relata Sidnéia. “Enquanto isso, as crianças têm de se deslocar por vários quilômetros, inclusive à noite, entre a casa e a escola Joaquim. Eles correm risco muito grande com isso.”

Questionada sobre a mobilização dos professores estaduais (em greve desde 13 de março), a líder comunitária considera positiva. “Se o governo não se preocupa com a educação, cabe à comunidade lutar por isso. Na reunião na Secretaria da Educação falamos da falta de funcionários na escola Joaquim. Eles não deram a mínima.”

> Professores do estado enfrentam descaso de Alckmin

Na TVB – Uma equipe da TVB esteve no local no dia do incêndio e coletou depoimentos emocionados de Sidnéia e estudantes (clique aqui para assistir).


Jair Rosa – 8/5/2015
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