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Temer recua e decide recriar Ministério da Cultura

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Desde que anunciou a extinção do Ministério da Cultura, interino recebeu críticas de personalidades e grupos ligados à produção cultural
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Brasília – Após uma série de críticas de setores da sociedade e da classe artística, o Ministério da Cultura será recriado. A decisão do presidente interino Michel Temer foi confirmada no sábado 21 pelo ministro da Educação, Mendonça Filho. O titular da pasta será Marcelo Calero, que já havia sido escolhido para chefiar a área de cultura quando ainda se pensava nela como uma secretaria vinculada ao Ministério da Educação (MEC). A posse está prevista para terça-feira 23.

Calero chefiava, desde o ano passado, a Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro. Ele tem 33 anos e ingressou na carreira diplomática no Itamaraty em 2007.

Críticas e pressão - Desde que assumiu interinamente e anunciou a extinção do Ministério da Cultura, Temer recebeu críticas de personalidades e grupos ligados à produção cultural.

Durante encontro com servidores da Cultura, no dia 13 de maio, Mendonça Filho foi vaiado. "Me explica, por favor, como acaba um ministério sem falar com servidor", gritavam em coro. Durante o seu discurso, o ministro foi interrompido várias vezes pelos protestos.

Na Bahia, também houve atos contrários à extinção do ministério. Manifestantes ocuparam o escritório do Ministério da Cultura em Salvador. Cineastas brasileiros também criticaram a extinção do ministério no tradicional Festival de Cannes. "A extinção do Ministério da Cultura deixou todo mundo em alerta, a gente não faz ideia do que pode vir por aí, e os sinais que têm chegado a nós não têm sido bons", preocupou-se o cineasta pernambucano Fellipe Fernandes, que exibiu seu curta, O Delírio É a Redenção dos Aflitos, no festival francês.


Agência Brasil, com edição Redação - 23/5/2016
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