Pular para o conteúdo principal
Chapéu
Diretas Já!

#OcupaBrasília confirmado para dia 24 de maio

Linha fina
CUT e demais representações dos trabalhadores exigem a retirada imediata das propostas de reforma trabalhista e da Previdência em tramitação no Congresso
Imagem Destaque
Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil

São Paulo - As centrais sindicais brasileiras confirmaram a realização da Marcha da Classe Trabalhadora a Brasília, o #OcupaBrasília, agendada para quarta-feira 24. As representações dos trabalhadores exigem a retirada imediata das propostas de reforma trabalhista e da Previdência em tramitação no Congresso Nacional.

Será a terceira mobilização depois da crise que atingiu em cheio o governo Temer após divulgação de áudios sobre uma reunião do presidente com Joesley Batista, um dos donos do frigorífico JBS.

> Fora Temer e Diretas Já marcam jornada de protestos no domingo
Protestos tomam as ruas por 'Fora Temer' e 'Diretas Já'

A marcha está sendo organizada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), junto com a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), UGT (União Geral de Trabalhadores), Força Sindical, NCST (Nova Central Sindical dos Trabalhadores), CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), Intersindical, CSP-Conlutas e CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros).

O presidente da CUT, Vagner Freitas, reforçou durante ato na Paulista, no domingo 21, que os movimentos não aceitarão 'gambiarras' ou qualquer coisa que não seja a saída de Temer e eleições diretas. Convocou a mobilização para o dia 24 pedindo eleições diretas com votação do povo – e não eleição indireta, com a decisão nas mãos do Congresso, como querem a velha mídia e a parte conservadora dos parlamentares –, além do fim das reformas trabalhista e Previdenciária, que retiram direitos e atacam a classe trabalhadora.

“Vamos ocupar Brasília e não nos venham com propostas golpistas. Eles querem entregar o pacote das reformas, nós queremos uma Constituinte. O povo não pode ser relegado a segundo plano.  O povo tem direito de votar e não vamos aceitar que nossos direitos sejam retirados”, disse.

'Congresso não tem moral para eleger presidente'
O Brasil precisa de eleições diretas gerais; e é urgente

Crise e suspensão - As reformas trabalhista (PLC 38/2017) e da Previdência (PEC 287) tiveram seus trâmites suspensos pelos relatores das propostas logo depois da divulgação de áudios sobre uma reunião de Temer com Joesley Batista. Na segunda 22, porém, a trabalhista teve anunciado o retorno de seu trâmite pelo relator da matéria, Ricardo Ferraço (PSDB-ES). A proposta, que representa na prática o fim dos direitos previstos na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), já foi aprovada pela Câmara e agora espera análise das Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Assuntos Sociais (CAS) do Senado.

Para 64%, reforma trabalhista beneficia os patrões
“Reforma da Previdência é escárnio total”, diz economista
> Flexibilizar não traz emprego, afirma Pochmann no Senado
> Por reforma da Previdência, Temer entrega R$ 55 bi

“Temos de ficar alertas: a suspensão da tramitação dos projetos pode nos dar mais tempo para debater e mostrar que ambas as propostas são muito prejudiciais para a classe trabalhadora. Mas os empresários querem a aprovação desses projetos e vão insistir nisso. Não podemos nos esquecer que a maior parte dos congressistas teve suas campanhas financiadas pelo empresariado”, disse o presidente da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Roberto von der Osten.

> Veja os deputados de SP que traíram o povo brasileiro
Em consulta, "não" à reforma trabalhista é quase unânime

A reforma da Previdência, que na prática acaba com a aposentadoria pública no país, permanece paralisada na Câmara dos Deputados. O relator da PEC 287, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), alegou em nota que "não há espaço para avançarmos com a Reforma da Previdência no Congresso Nacional nessas circunstâncias'.

Leia mais
Veja quem bancou a eleição do relator da reforma da Previdência
Temer rechaça renúncia apesar de graves denúncias
Dono da JBS gravou Temer dando aval para comprar Cunha

seja socio