A Anabb promoveu uma reunião para tratar sobre o futuro da Cassi. Participaram do encontro em Brasília, na terça-feira 8, antigos e atuais dirigentes da caixa de assistência, praticamente todos ligados ao Banco do Brasil.
Segundo a Associação Nacional dos Funcionários do BB, “o objetivo do encontro foi reunir pessoas de notório saber, que têm expertise sobre Cassi, para analisar os impactos da Proposta feita pelo Banco, bem como alinhar posicionamentos que serão discutidos com o BB”.
Mas que tipo de conhecimento? A de um plano privado de saúde que extorque seus clientes e não fornecem atendimentos? O Sindicato questiona: “Por que uma associação de representação dos funcionários faz uma reunião com os diretores do BB? Não ficou claro a proposta do banco de retirada de direitos? De ataques promovidos diretamente do governo Temer com a CGEPAR 23? Agora é hora de ter posição, e não ficar com a posição do BB”, afirma o diretor do Sindicato e bancário do BB, João Fukunaga.
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As propostas apresentadas pelo BB para o custeio da caixa de assistência, como a cobrança por dependentes, oneram todos os associados. “Isso foi rechaçado por nós, do movimento sindical. Mas a Anabb até agora não se opôs”, critica João.
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Funcionário defendendo proposta de patrão?
Os trabalhadores precisam saber: qual a posição da Anabb?
A Associação de Funcionários está defendendo a proposta do patrão que implementa a CGEPAR 23 ao excluir cônjuges dos aposentados do Plano Cassi, cobrando 360 reais deles?
“Se aceitarmos esse princípio de exclusão e fim da solidariedade, estaremos abrindo mão de um direito e seria um passo para, no futuro, o banco excluir os aposentados. Isso já foi proposto em 2015: criar um fundo para administrar o pós-laboral, tirando do banco a responsabilidade dele com os aposentados. Tudo que a CGEPAR 23 apregoa agora”, critica João, alertando para o perigo. “Nenhuma entidade de aposentados ou de representantes do funcionalismo, como a Anabb, está rejeitando a proposta do banco. Inclusive indicam aceitar a cobrança por dependentes, só questionando os valores”, afirma.
“O Sindicato é claro: somos contra a proposta do BB para a Cassi. Aqui, defendemos o princípio de solidariedade, que todos os funcionários paguem a mesma proporção de seus salários, não fazendo da saúde um privilegio para quem pode pagar. Mas o BB quer o contrário, onera os menores salários e ainda busca excluir os cônjuges dos aposentados, no momento em que mais se precisa do plano de saúde. É muita injustiça! Por isso, o Sindicato questiona uma reunião com esse público, organizada por uma associação que representa os interesses dos funcionários, na qual a não se fez nenhuma crítica, mas cujas ideias se resumem a acatar o que o banco quer.”