O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, variou 0,14% neste mês, abaixo tanto de abril (0,21%) como de maio do ano passado (0,24%). Foi a menor taxa para o mês desde 2000. No ano, a "prévia" da inflação oficial soma 1,23%, menor taxa para o período desde o Plano Real. O acumulado em 12 meses é de 2,70%. A reportagem é da RBA.
Segundo o instituto, três dos nove grupos tiveram deflação. Mas alguns itens importantes de consumo aumentaram de preço. Casos da gasolina, dos planos de saúde, remédios e energia elétrica.
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O grupo Alimentação e Bebidas caiu 0,05%, com comportamentos distintos. Produtos consumidos no domicílios aumentaram 0,09%, enquanto a alimentação fora caiu 0,28%. Tiveram aumento de preços em maio itens como cebola (35,68%), hortaliças (6,10%), feijão carioca (3,75%) e leite longa vida (4,44%). Registraram queda, entre outros, açúcar cristal (-3,90%), pescados (-3,51%), frango inteiro (-1,60%), arroz (-1,35%) e frutas (-0,97%).
Em Transportes, que variou -0,35%, a gasolina teve alta de 0,81%, enquanto o preço do etanol caiu 5,17% e a passagem aérea recuou 14,94%. Esses dois itens foram responsáveis por -0,05 ponto percentual no resultado do mês.
O outro grupo com queda foi Artigos de Residência (-0,11%). O resultado foi determinado pelo item TV, som e informática (-1,47%).
Já a maior alta foi de Saúde e Cuidados Pessoais, com 0,76%. "A pressão foi exercida pelos itens plano de saúde (1,06%) e remédios (1,04%) – que sofreram reajuste anual, a partir de 31 de março, com variação entre 2,09% e 2,84%, conforme o tipo do medicamento", informa o IBGE.
Com alta de 2,18%, energia elétrica "puxou" o resultado do grupo Habitação (0,45%). Várias regiões tiveram reajustes, como Salvador, Porto Alegre, Recife e Fortaleza. O item gás encanado também aumentou, 0,46%, com aumento no Rio de Janeiro.
O menor resultado de maio foi apurado na região metropolitana de São Paulo (-0,19%), com queda nos preços do etanol (-5,56%) e da passagem aérea (-28,39%). O maior foi de Salvador, influenciado por altas da energia elétrica (15,47%) e da cebola (44,84%).
O IPCA e o INPC deste mês serão divulgados em 8 de junho.