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Chapéu
Não à PEC 6/2019

Sindicato contesta reforma da Previdência em ato no Dia do Trabalhador

Linha fina
No Anhangabaú, presidenta da entidade, Ivone Silva, destacou que a capitalização proposta pelo governo Bolsonaro acaba com a Seguridade Social garantida na Constituição e prejudica principalmente as mulheres
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Foto: Seeb-SP

O Dia do Trabalhador no Vale do Anhangabaú, neste 1º de maio, foi de muitas críticas à reforma da Previdência (PEC 6/2019) de Paulo Guedes, de Jair Bolsonaro e dos banqueiros, que agora será analisada em comissão especial da Câmara dos Deputados. Em ato histórico, porque pela primeira vez as manifestações em todo o país foram realizadas em conjunto por todas as centrais sindicais e mais as frentes Povo sem Medo e Brasil Popular, o protesto na capital paulista reuniu cerca de 200 mil pessoas, e aprovou greve geral para o dia 14 de junho. O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região esteve presente. 

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A presidenta do Sindicato, Ivone Silva, foi uma das lideranças que discursou no palco da manifestação. Ao comentar a sucessão de retirada de direitos dos trabalhadores desde o governo Temer e o prejuízo principalmente às mulheres, a dirigente bancária foi enfática: “Não podemos nos esquecer da 'PEC da Morte' (congelamento do orçamento da União por 20 anos), que reduziu os investimentos em educação e saúde. E agora eles querem (aprovar) a reforma da Previdência. A proposta de capitalização só enriquece os bancos, sem ganho algum para os trabalhadores. Além disso, aniquila o tripé de sustentação da Seguridade Social – formado por Saúde Pública, Previdência Social e Assistência Social e financiado pelo trabalhador, empregador e governo –, assegurada na Constituição de 1988 e que contempla, entre outros, o salário-maternidade e o auxílio-doença”, lembrou Ivone.

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A presidenta do Sindicato lembrou ainda que o texto da PEC 6/2019 acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição e institui idades mínimas para se aposentar (mulheres aos 62 anos e homens, aos 65) junto com tempo mínimo de contribuição maior: de 15 anos, como é hoje, passaria a ser obrigatório contribuir por no mínimo 20 anos. Ou seja, para se aposentar, a mulher, que por conta da jornada dupla de trabalho e maternidade passa mais tempo fora do ambiente de trabalho, terá de alcançar os 62 anos de idade e ainda contribuir por 20 anos.

“Lembremos também que a proposta obriga as trabalhadoras que, muitas vezes tem jornada tripla, ter 40 anos de contribuição para receber o benefício integral. Ou seja, inviabiliza a aposentadoria para dezenas de milhões de mulheres brasileiras que hoje, além do trabalho fora e do sustento de casa, muitas vezes cuidam dos filhos, dos idosos e ainda têm a maior parte dos afazeres domésticos”, acrescentou Ivone Silva.

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Pressione!

A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip) criou uma ferramenta para facilitar o envio de mensagens contra a reforma da Previdência aos parlamentares. Além disso, os cidadãos ainda podem votar "discordo totalmemente" na consulta pública aberta pela Câmara dos Deputados sobre a PEC 6/2019. 

A CUT também reformulou o hotsite Na Pressão, que facilita o envio de mensagens aos parlamentares. Para cada etapa de tramitação da reforma da Previdência (PEC 6/2019), o Na Pressão terá uma campanha específica para os trabalhadores enviarem mensagens aos deputados reivindicando deles a não aprovação da matéria.

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