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Pandemia

Coronavírus: Sindicato cobra responsabilidade com terceiros demitidos do Santander Getnet

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180 trabalhadores da empresa Mercado Jovem, que presta serviços para o Santander GET NET, foram demitidos por WhatsApp e não receberam seus direitos. Para piorar, estão com salários atrasados; Sindicato cobra que o banco espanhol cumpra suas obrigações legais para com estes trabalhadores 
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Foto: Seeb-SP

O Sindicato enviou ofício (veja no final da matéria) ao Santander, nesta segunda-feira 4, cobrando que o banco cumpra com suas obrigações junto aos 180 trabalhadores demitidos da empresa Mercado Jovem, que presta serviços para o Santander Getnet, sendo responsável pela venda, credenciamento e entrega da SuperGet, máquina para pagamentos em estabelecimentos comerciais e de serviços, em São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. 

Os trabalhadores foram demitidos no último dia 15 de abril, já em meio à pandemia de coronavírus, e não receberam até o momento a recisão, a multa do FGTS e nem mesmo as guias para entrada no fundo de garantia e seguro-desemprego. Para piorar, ainda não receberam 10% do salário de fevereiro, o salário integral de março e os dias trabalhados em abril. 

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“É flagrante a ilegalidade e o desrespeito na condução destas demissões. O Santander Getnet, para quem a Mercado Jovem presta serviços, é uma empresa do Grupo Santander. Portanto, o banco é co-responsável pelo cumprimento dos direitos legais destes trabalhadores. Diante desta situação inadmissível, o Sindicato enviou ofício para o banco cobrando que arque com a sua responsabilidade com urgência. Os valores devidos aos terceirizados demitidos é irrisório para um banco como o Santander, mas para os trabalhadores pode significar ter ou não comida na mesa em meio à uma pandemia. Os demitidos e suas famílias têm pressa”, enfatiza a diretora do Sindicato e bancária do Santander, Lucimara Malaquias. 

De acordo com Lucimara, a Lei de Terceirização, aprovada em 2017, facilitou a ocorrência deste tipo de ilegalidade. 

“Ao permitir a terceirização total, inclusive da atividade fim, as relações de trabalho foram extremamente precarizadas. Se estes trabalhadores da Mercado Jovem fossem bancários, e não terceirizados, nem sequer poderiam ser demitidos em meio à pandemia, uma vez que o Sindicato conquistou acordo de não demissão durante o estado de calamidade pública, a não ser por justa causa. A ausência de um sindicato forte e organizado que atenda estes trabalhadores terceirizados também facilita que empresas que oferecem serviços terceirizados, assim como seus contratantes, ignorem a lei. Entretanto, o movimento sindical bancário não vai se furtar de defender estes trabalhadores e suas famílias”, diz a dirigente. 

“Cobramos responsabilidade do Santander, que diz em suas propagandas estar ajudando a sociedade neste momento difícil, mas que não está cumprindo o mínimo do mínimo do que estes trabalhadores terceirizados têm direito. Reivindicamos que a situação seja regularizada, com urgência, e que o banco cumpra suas obrigações legais com estes trabalhadores, que estão numa situação dificílima por conta do desemprego e da pandemia”, conclui Lucimara.

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