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Chapéu
Precipitação

Reabertura de comércio em São Paulo é ‘desconexão com a realidade’, critica infectologista

Linha fina
Especialista afirma que estado não tem condições mínimas para retomar atividades
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Foto: Rovena Rosa/EBC

O governador João Doria apresentou um plano de reabertura do comércio em São Paulo, na última quarta-feira (27), diante da curva ascendente de casos de coronavírus no estado. Para o médico infectologista Evaldo Stanislau Affonso, a ação é uma “desconexão com a realidade. A reportagem é da Rede Brasil Atual

No boletim divulgado nesta quinta-feira (28), o estado de São Paulo continua como o mais afetado pela pandemia no Brasil, com 95.865 casos confirmados. Os mortos já são 6.980. “A gente está no epicentro da crise, o que torna impossível tomar medidas como a reabertura”, alertou o médico ao jornalista Glauco Faria, no Jornal Brasil Atual

Na avaliação do médico, para normalizar a rotina da população é preciso de algumas condições: queda no números de casos, capacidade de testagem e monitoramento de vagas em leitos de hospitais. “Não temos nada disso. É uma loucura. Isso foi concessão do governo do estado para outras ordens que não visavam a saúde”, alertou Evaldo.

A taxa de ocupação de UTIs segue alta em São Paulo, com relativa estabilidade em alguns municípios. Na capital, 92% dos leitos estão ocupados.

“A decisão foi precipitada e é um atestado de incapacidade de estabelecer medidas mais concretas e sérias, como o lockdown. Esse plano é equivocado, principalmente nas grandes metrópoles”, acrescentou o médico.

Isolamento social

baixa adesão ao isolamento social – 48% no estado e 49% na capital, de acordo com dados de quarta-feira (27) – se dá pela falta de políticas sociais e econômicas, na avaliação do especialista. “Não são todos que conseguem, ainda mais com um auxílio menor que o salário mínimo”, criticou.

Ele classifica a pandemia como um “problema biológico” e que não existe um medicamento para combatê-lo. “O isolamento social já é fato que consegue ajudar na prevenção do vírus, mas precisamos de políticas sociais e econômicas que deems egurança ao trabalhador e ao empresário, que assegurem uma renda para ficar em casa. Sem o braço econômico, ninguém vai ficar em casa”, finalizou.

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