Como se não bastasse os bancos boicotarem os feriados que foram antecipados para barrar a curva de contaminação e mortes por coronavírus, o Santander ainda por cima promove mais um desrespeito contra os seus trabalhadores ao não se posicionar sobre o pagamento das horas trabalhadas como extras nos dias 20 e 21.
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O Artigo 9 da Lei 605/1949 determina que “nas atividades em que não for possível, em virtude das exigências técnicas das empresas, a suspensão do trabalho, nos dias feriados civis e religiosos, a remuneração será paga em dobro, salvo se o empregador determinar outro dia de folga”.
Na quarta-feira 20, o Sindicato enviou ofício a todas as instituições financeiras cobrando o pagamento das horas extras nos dias 20 e 21. O Itaú e o Bradesco já informaram que as horas extras serão pagas. Mas um comunicado vago do Santander encaminhado ao Sindicato por um bancário informa que as horas extras não serão pagas.
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Contudo, ainda não há um posicionamento oficial do banco espanhol informando se as horas trabalhadas nestes dias serão pagas com 100% de acréscimo, como determina a lei. Diante da falta de comunicação, os bancários estão entrando em contato com o Sindicato em busca de informações.
“É uma tremenda falta de respeito do Santander, diante de uma situação atípica como a atual, não informar se irá pagar, ou o que é pior, cogitar não pagar as horas trabalhadas nos dias 20 e 21 como extras”, protesta a diretora executiva do Sindicato e bancária do Santander, Rita Berlofa.
“O Sindicato está cobrando o pagamento das horas extras, porque a entidade entende que, para os bancários saírem de casa em meio à uma grave pandemia é algo que deve ser levado com a devida consideração e respeito por um setor patronal lucrativo que decidiu boicotar a antecipação dos feriados decretada justamente a fim de barrar a disseminação dessa doença altamente contagiosa e que já matou mais de 17 mil pessoas no Brasil”, afirma a dirigente.
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“O Sindicato está cobrando o pagamento das horas extras, porque a entidade entende que, para os bancários saírem de casa em meio à uma grave pandemia é algo que deve ser levado com a devida consideração por um setor patronal lucrativo que decidiu boicotar a antecipação dos feriados decretada justamente a fim de barrar a disseminação dessa doença altamente contagiosa e que já matou mais de 17 mil pessoas no Brasil”, afirma a dirigente.