O Sindicato se reuniu com representantes do BTG Pactual, nesta sexta 29, para debater extrapolação da jornada de trabalho, assédio moral e sobrecarga de trabalho.
A entidade recebeu diversas denúncias de trabalhadores do BTG Pactual relatando jornadas de trabalho extenuantes, de até 12 horas diárias, que ocorrem rotineiramente, inclusive com trabalho aos finais de semana e feriados, sem a devida remuneração correspondente.
Na reunião com representantes do banco, o Sindicato cobrou que seja negociado um acordo coletivo de trabalho para controle de jornada.
“Reiteramos aos representantes do BTG Pactual toda a jurisprudência sobre o tema, enfatizando ser ponto pacífico no judiciário a necessidade de controle de jornada. É indispensável que os trabalhadores tenham a jornada respeitada e, no caso de horas extras, sejam devidamente remunerados. Fazemos esta cobrança à luz do debate que está colocado na sociedade sobre o fim da escala 6x1; do direito à desconexão; do direito à saúde e qualidade de vida; e da relação direta entre adoecimento mental e extrapolação da jornada”
Lucimara Malaquias, secretária-geral do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região
“Na sociedade dos dias de hoje não há mais espaço para empresas que atuam como uma gestão retrógrada, que descumpre a legislação trabalhista e desrespeita a saúde e o bem-estar dos trabalhadores”, acrescenta.
O Sindicato também cobrou do BTG Pactual o acesso dos dirigentes sindicais aos locais de trabalho; além da retomada da discussão sobre um acordo de participação nos lucros e resultados.
O BTG Pactual se comprometeu a debater internamente as questões apontadas pelo Sindicato e apresentar uma proposta de acordo de controle de jornada. A próxima reunião está marcada para o dia 16 de dezembro, para o devido retorno da direção do BTG Pactual.
