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Chapéu
Patrocinador da LaLiga

Movimento sindical repudia omissão do Santander em caso de racismo

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Arte composta pela foto do jogador brasileiro de futebol, Vinicius Junior, à direita, e pelo logo do Santander em um fundo preto, à direita

O movimento sindical encaminhou ao Santander, nesta segunda-feira 22, carta de repúdio sobre a atitude do banco espanhol diante do caso de racismo envolvendo o jogador brasileiro do Real Madrid Vinícius Junior.

O atacante foi vítima de racismo durante uma partida em que o Real Madrid perdeu por 1 a 0 do Valencia, neste domingo 21, pela LaLiga, a primeira divisão de futebol profissional entre clubes da Espanha.

A torcida do Valencia chamou diversas vezes de “macaco” o brasileiro. O juiz chegou a paralisar a partida. Depois foi anunciado que a interrupção havia ocorrido devido ao “comportamento de alguns torcedores” e solicitado que as “manifestações racistas” cessassem.

O Santander, patrocinador da LaLiga, se posicionou contra o racismo, em nota, nesta segunda-feira 22. Mas não mencionou especificamente o nome do jogador brasileiro e nem o episódio ocorrido na partida do dia anterior.

O banco também não deu sinais de que irá deixar de patrocinar o campeonato espanhol.

A nota de repúdio do movimento sindical brasileiro, encaminhada nesta segunda feira ao Santander, lembra que a filial brasileira do banco já foi condenada por injúria racial por um cliente em Pernambuco, ressalta que o conglomerado espanhol obtém 25% do seu lucro global na América Latina, e que suas campanhas publicitárias buscam promover a diversidade e a igualdade, “mas na prática manterá o patrocínio ao campeonato espanhol até o final da temporada”, pontua o texto.

O banco espanhol gastou em publicidade o equivalente a cerca de R$ 3 bilhões, de acordo com seu balanço global. “O valor gasto em publicidade é significativo e requer responsabilidade na elegibilidade e critérios daquilo que vai financiar”, afirma a carta de repúdio.

“Para combater o racismo é preciso ser antirracista. Por isso, reiteramos a importância de medidas efetivas para combater o crime de ódio, não basta uma mensagem com fins publicitários. E aguardamos as punições adequadas a pessoas e entidades que cometem crimes e silenciam frente à violência”, afirma a nota.

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