Somente na última semana, o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região teve conhecimento de ao menos 26 demissões no Banco Pan. Demissões estas que se somam a centenas ocorridas desde 2023.
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“Essas demissões são injustas. Não existe qualquer razão para uma empresa como o Banco Pan – que em 2023 lucrou R$ 777 milhões, e que somente no primeiro trimestre de 2024 lucrou R$ 217 milhões, alta de 12,4% em relação ao mesmo período do ano passado – continue a promover demissões, de forma reiterada, gerando um clima de permanente instabilidade e insegurança entre os funcionários. Uma rotatividade que não condiz com o resultado e lucro conquistados pela funcionários do Pan”, diz o bancário e dirigente do Sindicato, Marcelo Gonçalves.
Marcelo chama atenção ainda para a falta de coerência entre os valores que o Banco Pan diz possuir, propagandeados em seu site e também nas paredes dos seus prédios, Burity e Av. Paulista – e as recorrentes demissões na empresa.
“As demissões por rotatividade (tunover) não são condizentes e coerentes com a narrativa do Pan de que é um banco com responsabilidade social, que valoriza o crescimento dos seus trabalhadores, que afirma possuir uma agenda sustentável que faz diferença na vida de todos. Como um bancário do Banco Pan, constantemente pressionado e com medo de estar na próxima leva de demitidos, pode estar incluído em qualquer agenda sustentável do banco, como ele pode construir uma carreira sustentável neste cenário de turnover altíssimo?”, questiona Marcelo Gonçalves.
Desafio para direção do Banco Pan e BTG Pactual
“Propomos, considerando que o banco enche os trabalhadores de metas, um desafio ético para a diretoria do Pan, comandada por Carlos Eduardo Guimarãesção, e para André Esteves, do BTG Pactual, controlador do Pan: vamos aproximar o discurso da prática, iniciando pela urgente, justa e necessária redução do turnover. A preservação do emprego com a redução da rotatividade é requisito básico para qualquer empresa com altíssimo lucro e que, sobretudo, alegue possuir responsabilidade social. Por enquanto, o Banco Pan apenas fala, mas não faz”, conclui o dirigente.