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Chapéu
Caixa Federal

Pesquisa aponta insatisfação com o Saúde Caixa

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Arte em desenho composta de um logo do saúde caixa ao lado de uma mão segurando um papel onde se vÊ três emojis, um com cara sorridente, outro com rosto sem expressão e um terceiro com rosto infeliz. ao ado deste ultimo há uma marca de sinal de "check"

Aumentou a insatisfação dos usuários do Saúde Caixa com o plano de saúde que atende os empregados e aposentados da Caixa Econômica Federal. É o que revela a Pesquisa de Satisfação contratada pela própria Caixa e apresentada na reunião do Grupo de Trabalho (GT) do Saúde Caixa, realizada nesta quarta-feira 21. O GT é composto por representantes do banco e dos trabalhadores, em conjunto com o Conselho de Usuários do plano.

“Merece destaque o descontentamento dos usuários com relação aos valores das mensalidades e com a rede credenciada. Essa avaliação negativa reforça nossa campanha que reivindica reajuste zero nas mensalidades e a melhoria na rede. E cabe unicamente à direção da Caixa dar andamento a essas reivindicações, que serão cobradas pelos empregados até a renovação do acordo específico do Saúde Caixa, em dezembro”, afirma Chico Pugliesi, diretor-executivo do Sindicato dos Bancários de São Paulo e membro eleito do Conselho de Usuários do Saúde Caixa.

Número negativos

A pesquisa revela que 33,8% têm avaliação negativa com relação à solicitação de reembolso. Outros 11,43% têm avaliação neutra em relação a este ponto. Em 2023, na pesquisa anterior, as avaliações negativas e neutra de reembolso eram de 31,8% e 12,5%, respectivamente.

Percentuais semelhantes foram constatados em relação ao relacionamento (28,5% negativa) e à comunicação (32,5%).

Com relação à rede credenciada, 21,8% fizeram avaliação negativa e outros 26,6% neutra, quando a avaliação não é negativa, mas também não é positiva.

“Os números mostram que um em cada três usuários estão insatisfeitos com o processo de reembolso. Chama ainda muita atenção que quase quatro em cada 10 usuários [37,7%] consideram irrelevante nosso plano de saúde, levando a 29,6% consideraram até a possibilidade de sair do Saúde Caixa, o que antes era motivo de orgulho e visto como uma das maiores conquistas dos empregados”, alerta Luiza Hansen, diretora do Sindicato e empregada da Caixa.

Causas da insatisfação

Para 38,8%, o aumento do custo é o motivo que levaria à saída do Saúde Caixa. Outros 15,1% afirmaram que a rede credenciada de hospitais, clínicas e laboratórios é que os levariam a essa tomada de decisão. Já para 11,7%, os profissionais da rede seriam o motivo para deixar do plano.

“O resultado muito ruim dessa pesquisa reforça a importância de nossas principais reivindicações sobre o saúde caixa: reajuste zero das mensalidades; melhoria urgente da rede credenciada; e a implementação o quanto antes dos comitês de credenciamento e descredenciamento, que podem agilizar questões de relacionamento e operacionais, com usuários ou com prestadores de serviços”, destaca Chico Pugliesi. E é bom que fique claro, que estas constatações são de uma pesquisa feita pelo próprio banco”, completou.

Relatório administrativo 2024

Sobre o Relatório Administrativo do Saúde Caixa, os empregados ressaltaram a importância dos dados, mas avaliam que é preciso criar grupos de trabalho específicos para analisar e debatê-los.

“A própria Caixa identificou cerca de R$ 170 milhões de custo com terapias e tratamentos ligados a doenças mentais e comportamentais e um expressivo aumento dos casos de internações entre 2022 e 2024”, observou o coordenador do GT do Saúde Caixa, Leonardo Quadros, que é diretor de Saúde e Previdência da Fenae. “E este é um debate que extrapola o relatório em si, pois se trata do adoecimento dos empregados da Caixa, que é uma consequência também da gestão comercial e de pessoas. Estamos falando da cobrança excessiva pelo cumprimento de metas, de metas abusivas, da falta de condições de trabalho, sobrecarga, enfim, é um problema que vai além do Saúde Caixa em si, mas que desemboca no plano de saúde e nos seus custos. Literalmente, os empregados pagam pela falência da política de gestão de pessoas na administração de Carlos Vieira. E pagam cada vez mais, já que a atual direção do banco manteve o teto para o custeio do plano na recente alteração estatutária”, completou.

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