
Nesta terça-feira (6), o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, se pronunciou a respeito do Saúde Caixa. Ignorando a reivindicação dos trabalhadores, Vieira reitera a manutenção do teto de custeio para a saúde dos empregados, equivalente a 6,5% da folha de pagamentos.
Conforme dados apresentados pela Caixa, o resultado assistencial do primeiro bimestre ficou negativo em R$ 154,1 milhões. Esse resultado reforça a necessidade de extinção do teto. Dessa forma, a Caixa poderia cobrir 70% dos custos do Saúde Caixa, como estipulado no ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) específico do plano de saúde. Isso garantiria o equilíbrio financeiro do plano e melhores condições para os beneficiários.
Francisco Pugliesi – dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e membro do Conselho de Usuários do Saúde Caixa – questiona a posição de Carlos Vieira ressaltando que a manutenção do teto torna o custo do benefício impraticável. Esse limitador foi imposto durante o governo de Michel Temer e está sendo debatido pelo Sindicato junto à SEST (Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais).
"O teto de 6,5% da folha, estipulado no estatuto do banco, impossibilita que a Caixa arque com os 70% das despesas do Saúde Caixa. Com isso, as contribuições dos usuários estão se aproximando dos 50% dos custos do benefício. Essa situação é insustentável para os empregados. Seguiremos mobilizados até que a Caixa finalmente acabe com esse teto extremamente prejudicial a todos", afirma Pugliesi.
Nova fundação
Outro tema abordado por Carlos Vieira foi a criação da Fundação Caixa, entidade paralela ao banco e com finalidade ainda pouco explicada. André Sardão, dirigente sindical e bancário da Caixa, questiona os objetivos dessa fundação e cobra informações.
"Por que uma empresa pública precisa criar uma fundação? Qual o objetivo dela? Em que isso impacta o empregado Caixa e o país? Essas perguntas precisam ser respondidas aos empregados e ao movimento sindical", enfatiza o dirigente.
