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Fim da GDP é prioridade na Caixa Federal

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Gestão de Desempenho de Pessoas institucionaliza meta abusiva e piora nas condições de trabalho. Revogação da medida e mais contratações integrarão pauta da Campanha Nacional Unificada 2015
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São Paulo – A melhoria das condições de trabalho em todos os setores da Caixa será uma das principais bandeiras de luta dos empregados na Campanha Nacional Unificada 2015. Essa e outras reivindicações constarão da pauta específica a ser entregue à direção do banco público para a discussão do acordo aditivo à Convenção coletiva de Trabalho (CCT).

As prioridades foram definidas no 31º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), com slogan Unidade para Conquistar, realizado de 12 a 14 de junho, em São Paulo.

> Vídeo: MB sobre como foi o Conecef

Dionísio Reis, diretor executivo do Sindicato, destaca que entre os consensos dos delegados está a mobilização pelo fim da Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), motivo de reclamações de trabalhadores em todo o país principalmente em razão das metas excessivas. “O principal papel da Caixa é aprimorar sua função social a serviço da população e pelo desenvolvimento do país. Em vez de aumentar o número de pessoas para isso, a Caixa ‘congela’ as contratações e usa a GDP para impor a lógica de mercado, massacrando os empregados por resultados cada vez maiores. Temos de reagir a tudo isso para melhorar as condições de trabalho.”

Unidade - O congresso aprovou a manutenção da Campanha Nacional Unificada, com negociações simultâneas da pauta geral da categoria com a federação dos bancos (Fenaban) e da discussão específica do acordo aditivo com a direção da Caixa Federal. ”Essa estratégia se mostra acertada há mais de uma década com conquistas para toda a categoria bancária no que se refere a aumento real, valorização nos pisos e avanços sociais como o vale-cultura”, afirma Dionísio.

Resoluções – Entre outras propostas aprovadas estão a defesa da Caixa 100% pública; fim da terceirização; criação de um fórum nacional em defesa do fundo de pensão (Funcef) e fim do voto de Minerva na entidade; prevenções aos assédios moral e sexual; disponibilizar condições adequadas aos bancários com deficiência; adoção de medidas e garantias em casos de assaltos e sequestros para as vítimas e familiares; melhoria e ampliação no atendimento do Saúde Caixa.

Moções - Os delegados aprovaram manifestos em que se posicionam contrários ao projeto de lei da terceirização (antigoPL 4330 e atual PLC 30/2015, que tramita no Senado), as MPs 664 e 665  e a discriminação dos movimentos sociais.

Foi aprovada, ainda, moção de apoio aos trabalhadores do HSBC que estão com empregados ameaçados, por conta da venda do banco.


Jair Rosa com informações da Fenae – 15/6/2015
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