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Bispos católicos reforçam posição contra retirada de direitos

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Em nota, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) afirma que reformas trabalhista e da Previdência “apontam para o caminho da exclusão social e do desrespeito aos direitos conquistados com muita luta pelos trabalhadores”
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Foto: Divulgação/CNBB

São Paulo – Em nota oficial assinada pelo seu presidente, o cardeal Dom Sergio da Rocha, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) demonstrou apoio às mobilizações populares contra as reformas trabalhista e da Previdência, que retiram direitos dos trabalhadores brasileiros e acabam com a aposentadoria pública no país (veja infográficos abaixo).

O posicionamento da entidade católica foi divulgado em coletiva de imprensa realizada no encerramento da reunião do Conselho Permanente da Conferência, entre os dias 20 e 22 de junho. Dom Sergio da Rocha enfatizou a importância de a população se manifestar, nas ruas, conscientizando parlamentares sobre a necessidade de diálogo com a sociedade ao propor medidas que mexem em direitos. “A saída para a crise precisa de um olhar no estado democrático de direito e ouvidos atentos ao povo.”

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A nota da CNBB  foi motivada para manifestar apoio e solidariedade ao Conselho Indigenista Missionário (Cimi), alvo de Comissão Parlamentar de Inquérito da Funai e Incra, que indiciou mais de cem pessoas ligadas à entidade. O texto enfatiza que houve aumento da violência no campo no período de funcionamento da CPI.

“Tenha-se em conta, ainda, que as proposições da CPI se inserem no mesmo contexto de reformas propostas pelo governo, especialmente as trabalhista e previdenciária, privilegiando o capital em detrimento dos avanços sociais. Tais mudanças apontam para o caminho da exclusão social e do desrespeito aos direitos conquistados com muita luta pelos trabalhadores e trabalhadoras”, destaca a nota da CNBB.

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O posicionamento dos bispos foi divulgado dois dias após o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, e o secretário-geral da Intersindical, Edson Carneiro Índio, reunirem-se com a cúpula da CNBB para pedir apoio às próximas mobilizações organizadas pelas centrais sindicais e movimentos sociais. Na ocasião, o presidente da CUT ressaltou que o apoio da CNBB em solidariedade à greve geral do dia 28 de abril contribuiu para o sucesso da iniciativa, que mobilizou mais de 40 milhões de trabalhadores contra as reformas de Temer.

Nova greve geral vem aí – O Sindicato está percorrendo os locais de trabalho para referendar junto aos bancários a participação na greve geral de 30 de junho. “Reaja agora ou morra trabalhando”, convoca a secretária-geral da entidade, Ivone Silva. “Vamos dedicar esse dia de trabalho à luta por nossos direitos, antes que não tenhamos mais pelo que lutar. Governo, bancos e grandes empresas querem acabar com direitos trabalhistas e a aposentadoria para ganhar mais. Essas medidas não vão ajudar a criar mais empregos, mas vão tornar os trabalhadores mais frágeis. É isso que eles querem, mas nós não vamos aceitar. Vai ter greve!”

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Assembleia – Venha eleger os delegados que representarão os bancários de São Paulo, Osasco e região na Conferência Estadual, a ser realizada em 15 de julho. Na assembleia, que será realizada na segunda-feira 26, a partir das 19h, na Quadra (Rua Tabatinguera, 192, Sé), será colocada em votação também a participação da categoria na greve geral. Leve crachá do banco e documento com foto para o credenciamento.

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