São Paulo - Mais da metade do país enxergou a greve gera de 28 de abril como um forte recado aos parlamentates de que o Brasil é contra as reformas trabalhista e da Previdência, que acabam com direitos duramente conquistados, como férias, 13º salário e aposentadoria digna. Mais de 40 milhões de pessoas aderiram à maior paralisação da história.
A informação é da pesquisa CUT/VOX Populi e mostra também que mais de 60% dos entrevistados veem manifestações, pressão nos gabinetes dos parlamentares como as melhores maneiras de resistir às reformas do governo Temer (PMDB).
O levantamento mostra também que os ataques do governo Temer deixam a população incerta quanto ao presente e futuro: 92% são contra mudanças na Previdência e 79% avaliam o contrato intermitente de trabalho como negativo. Para 73%, numa época de crise econômica e desemprego – mais de 14,5 milhões de desempregados, 2,6 milhões apenas na gestão Temer –, é impossível negociar jornada com patrão sem a participação dos sindicatos – outro item da reforma trabalhista. Outros 68% acham que a proposta favorece mais os patrões do que os empregados.
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O próprio governo é rechaçado pela população. Segundo levantamento, 85% acham que Temer deve ter o mandato cassado. A avaliação negativa do presidente dispaou e já está em 75%.Quase 9 em cada dez brasileiros querem Diretas Já.
Apesar da imensa rejeição popular, a aprovação da reforma Trabalhista, que pretende acabar com direitos, como por exemplo, férias, 13º e registro em carteira, já está com trâmite acelerado no Senado. Como já foi aprovada na Câmara (veja os deputados que traíram os trabalhadores), se passar também pelos senadores, depende apenas da sanção de Temer - que propôs a reforma - para virar lei.
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O presidente da CUT, Vagner Freitas, reforça que a única opção que resta aos trabalhadores é ocupar as ruas e parar as fábricas, escolas, escritórios, enfim, parar o país para obrigar os parlamentares a ouvir a voz do povo. "A pesquisa CUT/Vox Populi prova que é isso que a classe trabalhadora espera de seus representantes".
“A greve geral é o instrumento que temos para dar prejuízo e pressionar os empresários que estão dando as cartas no Congresso Nacional. Os deputados e senadores que votam em acabar com férias, 13º e aposentadoria para transformar emprego em bico, votam a mando dos empresários que pagaram as eleições deles e pagam até hoje”, acrescenta Vagner.
João Cayres, secretário-geral da CUT-SP, lembra que o projeto de Temer é praticamente idêntico ao pacote de mudanças na CLT apresentada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), no ano passado. "Na verdade, parece que esse projeto de reforma foi feito no escritório da própria CNI ou das entidades empresariais, porque não tem uma vírgula de diferença", disse, em entrevista nos estúdios do Seu Jornal, da TVT, na quarta 7.
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"O que resolve o problema do emprego é o desenvolvimento econômico e uma política macroeconômica adequada", lembra Cayres, destacando a importância da greve geral e da mobilização que a antecede, no dia 20. Também convoca as pessoas a se mobilizarem nas redes sociais e enviar e-mails para os senadores para pressionar contra a aprovação da reforma. "Não basta só fazer os movimentos de rua. Temos que agir nas redes sociais, mandar e-mails e falar 'se vocês votarem a favor desta reforma, no ano que vem, não terão o nosso voto'."
Trâmite - O texto (PLC 38/2017), antes de chegar ao plenário, tem de ser aprovado nas comissões de Assuntos Sociais (CAS) e de Constituição e Justiça (CCJ). A reforma da Previdência ainda está na Câmara, em estágio inicial de tramitação.
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Reaja! - A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, lembra que atém da greve geral e mobizações, é preciso manter a pressão sobre os parlamentares também pelo mundi digital, enviando e-mails para alertá-los de que, se votarem a favor das reformas, não serão reeleitos. A reforma da Previdência ainda está na Câmara, então mande e-mails para os deputados. A trabalhista já foi aprovada pelos deputados e agora no Senado, então, mande e-mail para os senadores.