São Paulo – Os Conselhos Gestores dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CRSTs) contam com novos membros após eleição realizada na segunda-feira 12. Todos os candidatos vinculados ao Sindicato foram eleitos e terão o compromisso de atuar na defesa deste espaço habilitado para oferecer aos trabalhadores apoio para diagnóstico e comprovação de doenças, acidentes e problemas de saúde decorrentes da atividade produtiva. Cada CRST possui um Conselho Gestor responsável pelo controle, avaliação e implantação das ações de saúde ligadas ao trabalho.
“Os novos membros dos conselhos vinculados ao Sindicato terão o dever de atuar por melhorias nos serviços dos centros de referência e em defesa do SUS. E também para que os CRSTs sejam direcionados à ação contra a violência organizacional instituído nas empresas que afeta a saúde física mental de bancários e demais categorias profissionais” , enfatiza o secretário de Saúde do Sindicato, Dionísio Reis..
Os CRSTs estão vinculados à Secretaria Municipal de Saúde. Ao todo são seis unidades dotadas de estrutura voltada para o auxílio gratuito ao cidadão, com ou sem carteira de trabalho, a notificar e diagnosticar doenças e acidentes decorrentes da atividade profissional. Inclusive faz emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), documento essencial para que o INSS reconheça uma doença ou acidente de trabalho.
Como utilizar – Para ter acesso aos serviços do CRST o trabalhador tem de se dirigir à unidade mais próxima de sua residência ou do serviço, apresentar comprovante de endereço, o cartão do SUS (Sistema Único de Saúde) e guia de encaminhamento que pode ser emitida pelo sindicato ao qual é vinculado, pela empresa ou por um médico. Antes da consulta, a pessoa passa por triagem cujo horário e dias são distintos em cada uma das unidades.
Desmonte – Sob o governo de Michel Temer foi promulgada emenda constitucional que congelará os investimentos em saúde (e também educação) pelos próximos 20 anos, o que acarretará perdas de R$ 743 bilhões no Sistema Único de Saúde, no período, de acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Além disso, por meio de medida provisória, a atual administração federal cancelou 84% dos auxílios doença.
Nem o serviço médico dos bancos e nem os planos de saúde tem compromisso estrito com a saúde dos bancários e muito menos com o estabelecimento do nexo com o trabalho das doenças e acidentes. "O SUS é o sistema que se preocupa com a saúde do povo brasileiro que pode defender os bancários contra a subnortificação e a negativa de acesso aos direitos previdenciários”, afirma Dionísio Reis.