
Tomou posse na Superintendência Regional Sudeste I do INSS a servidora de carreira Michelle Reis Moreira. Sua nomeação ocorreu no último dia 2. A instância administrativa é responsável por gerenciar e executar as ações previdenciárias e assistenciais em uma parte do estado de São Paulo, incluindo a capital.
Na cerimônia de posse, realizada nesta quinta-feira 17, tanto Michelle como Gilberto Walles Junior, presidente do INSS, enfatizaram a necessidade de reorganização, retomada do atendimento humanizado e de abrir espaço aos sindicatos e à sociedade civil na gestão do órgão.
“Acredito que o diálogo permanente com o judiciário, entidades civis, sindicatos e toda a sociedade deve ser a marca de qualquer gestão. E principalmente a nossa, do INSS. Uma gestão deve ser participativa, eficiente e humana”, destacou Michelle em seu discurso.
Antes de assumir a Superintendência Regional 1, Michelle foi gestora de logística, chefe de demanda judicial, gerente executiva e chefe de manutenção. Funções, que segundo ela, lhe permitiram compreender a magnitude do trabalho da autarquia.
“É uma política pública o que nós fazemos aqui todos os dias. O alicerce de um projeto de nação que prioriza pessoas. [...] nenhum país se desenvolve deixando seu povo para trás. E é com esse espírito que o governo federal tem trabalhado para reconstruir e fortalecer o nosso sistema previdenciário após anos de desmonte e retirada de direitos.”
Gilberto Walles Junior defendeu uma “guinada 180 graus, um cavalo de pau no atendimento do INSS”.
“O INSS, algum tempo atrás, entendeu que poderia ser digital. E fechamos nossas agências, nossos atendimentos. A cada porta fechada, a gente perdia esse contato humano. Se a gente fala de fraude, se a gente fala de fila, se a gente fala do não reconhecimento na maior crise de identidade que o INSS teve nos últimos anos, é porque o INSS perdeu sua essência. E a sua essência [...] era o contato presencial com o segurado”, destacou.
Sindicato cobra há anos melhorias no INSS
Há meses o Sindicato está cobrando a solução de problemas como a não aplicação do NTEP (Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário); a não concessão de benefícios acidentários mesmo com a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT); a falta de atendimento nas agências, dificultando o acesso ao segurado; e, mais recentemente, uma falha interna que está negando os benefícios por uma alegada falta da qualidade de segurados (quem contribui para o INSS e tem o direito de requerer beneficios previdenciários), mesmo com o reconhecimento da incapacidade.
“Temos vários casos em questão e vamos encaminha-los para a Superintendência e para a presidência do INSS. Confiamos que seremos ouvidos, para que os bancários segurados do INSS possam ter mais confiança no atendimento e na autarquia a partir de agora”, destaca Valeska Pincovai, secretária de Saúde do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
