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Esquenta: Sindicato mobiliza Cenop Imobiliário para greve geral

Linha fina
Setor do BB já sente consequência dos ataques de Temer contra trabalhadores e bancos públicos; paralisação do próximo dia 30 pode ser adiantada conforme tramitação das reformas no Congresso Nacional
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Foto: Seeb-SP

São Paulo – O Sindicato realizou ato no Cenop Imobiliário do BB, na terça-feira 20, como parte do esquenta para a greve geral contra as reformas trabalhista, da Previdência, em defesa dos bancos públicos e por eleições gerais para a Presidência, Câmara e Senado.

“Dialogamos com os trabalhadores sobre a importância de estarmos unidos e mobilizados, em uma nova e maior greve geral, para derrotar as intenções do governo Temer em destruir a legislação trabalhista e acabar com a aposentadoria pública no país”, relata o diretor do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, João Fukunaga.

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A data prevista para a greve geral é o próximo dia 30, mas ainda pode ser alterada em função das votações da “reforma” trabalhista no Congresso Nacional. Na terça-feira 20, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado rejeitou o relatório do PLC 38, que, agora, segue para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), último passo antes do plenário da Casa.  

Cenop Imobiliário – De acordo com o dirigente do Sindicato e também funcionário do BB Renato Carneiro (foto), o Cenop Imobiliário é um dos setores do BB que já sentem as consequências dos ataques do governo Temer contra trabalhadores e bancos públicos.

“Dentro do contexto de ataques aos bancos públicos pelo governo Temer, o Cenop Imobiliário já passou por uma reestruturação velada, na qual 29 funcionários foram transferidos. Apesar dos trabalhadores terem mantido seus cargos, esse esvaziamento do setor é um indício de que o mesmo pode ser extinto em breve. Hoje, boa parte dos serviços do Cenop Imobiliário é terceirizada pela Cobra Tecnologia. Terceirização que foi legalizada pelo governo Temer e sua base aliada no Congresso”, explica o dirigente.

“Se a reforma trabalhista passar será o fim dos nossos direitos e empregos. Cargos comissionados poderão ser rebaixados, sem incorporação de função; será liberada a contratação de autônomos, mesmo que prestem serviços contínuos e exclusivos para a mesma empresa; férias, jornada e intervalos poderão ser negociados diretamente com o patrão, numa relação desigual de forças. Ou paramos o país em uma nova greve geral ou seremos espectadores do nosso próprio fim”, conclama Renato.

Dia 28 – O Sindicato ajuizou pedido de liminar junto à Justiça solicitando a proibição do desconto na remuneração de bancários que aderiram à greve do dia 28.

“O Sindicato sempre prioriza a via negocial, mas diante da recusa da direção do banco em negociar o desconto, só nos restou acionar a Justiça para que seja assegurado aos bancários do BB o legítimo direito à greve. Não nos intimidaremos. É direito constitucional de todo trabalhador cruzar os braços em defesa dos seus direitos”, enfatiza o integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB João Fukunaga.

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