São Paulo – Os metroviários de São Paulo, em assembleia na noite de quinta 1º, aprovaram proposta da Companhia do Metropolitano (Metrô) para renovação do acordo coletivo da categoria, que tem data-base em 1º de maio. Eles terão 3,71% de reajuste salarial, índice que também será aplicado nos vales alimentação e refeição. O percentual corresponde à variação do IPC-Fipe em 12 meses, até abril.
Coordenador geral do Sindicato dos Metroviários, Wagner Fajardo destacou, segundo matéria da Rede Brasil Atual, a manutenção completa da convenção coletiva – a empresa queria mexer em alguns itens, como nos adicionais. "Entendemos que a campanha foi boa. Diante da atual conjuntura, de ataque a direitos, a manutenção do acordo já é uma grande vitória", avalia o dirigente.
Além disso, acrescenta, "tivemos o compromisso do Metrô de vários ajustes em algumas carreiras". A companhia deveria promover atualizações no plano de cargos e salários. Também foi mantido o plano de saúde e garantido o pagamento de participação nos resultados de 2018.
A pauta de reivindicações incluía reajuste de 6,08% e 6,71% a título de produtividade. A aplicação do IPC é praxe da política salarial do governo tucano em São Paulo, delineada pela comissão vinculada à Secretaria de Planejamento e Gestão.
Greve Geral - Os metroviários poderão participar da greve geral que as centrais sindicais estão organizando para o final do mês. Segundo Fajardo, a questão será submetida a uma assembleia, mas a categoria já se mostrou disposta a aderir.
No final da manhã da quinta-feira 1º, os trabalhadores da companhia fizeram manifestação pelas ruas do centro paulistano, contra a ofensiva do governo estadual aos direitos da categoria, contra a terceirização e a privatização do transporte público. Eles também repudiaram as propostas de "reformas" trabalhista e da Previdência em tramitação no Congresso.
Com aproximadamente 9,6 mil funcionários, o Metrô teve receita de R$ 2,519 bilhões no ano passado, ante R$ 2,357 bilhões em 2015.