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Chapéu
LGBT

Parada defende estado laico, diretas e ‘Fora, Temer’

Linha fina
Marcha realizada neste domingo, em São Paulo, reuniu milhões sob o tema do fim da intolerância religiosa
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Foto: Rute Pina / Brasil de Fato

São Paulo – A 21ª Parada do Orgulho LGBT, que tomou conta da Avenida Paulista no domingo 18, teve palavras de ordem por “diretas já” e “fora, Temer”. Este ano, o evento trouxe como tema o respeito à diversidade religiosa e críticas ao fundamentalismo religioso e às intervenções da bancada evangélica no Congresso Nacional. A estimativa dos organizadores é de que três milhões de pessoas tenham participado do evento, conforme noticiou o Brasil de Fato.

No carro à frente da marcha, a organização da Parada LGBT, que levou milhares à Avenida Paulista, reuniu líderes religiosos da Igreja Batista, de religiões de matriz africana e do judaísmo com o slogan Independente de nossas crenças, nenhuma religião é lei. Todos e todas por um estado laico.

"Precisamos reforçar a importância do estado laico, pois é nele que florece a democracia e o respeito ao próximo", afirmou Anderson Pirota, do coletivo LGBT do Sindicato. 

Marcos Freire, coordenador do coletivo LGBT da Central Única dos Trabalhadores (CUT), pontua a importância de os movimentos populares participarem da marcha. Para ele, o dia não é apenas de festa.

"É um dia de comemorar nossa visibilidade e nossa existência, e mostrar que estamos em todas as áreas, inclusive no mercado de trabalho. Nosso papel é lutar por direitos, mas nosso trabalho é o ano inteiro, para que a gente possa diminuir a violência, a discriminação social contra a população LGBT", afirmou.

Na avaliação de Pirota, as falas contra o presidente Michel Temer e em defesa das eleições diretas na Parada refletem o sentimento da sociedade como um todo. 

"É o clima que já vem se perpetuando na rua. Perder direitos? Perder o que já foi conquistado em relação ao trabalhador LGBT? Então, as falas dialogam com a sensação de ausência de democracia", defendeu.

A Parada foi realizada dias após a 17ª Feira Cultural LGBT atrair cerca de 200 mil pessoas para o Vale do Anhangabaú. O local foi palco das mais variadas apresentações artísticas, desde performances de drag queens até dança cigana. Além disso, houve distribuição de material informativo sobre questões relativas aos LGBTs e espaço para gastronomia.

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