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PIB: Brasil não tem o que comemorar, diz Vagner Freitas

Linha fina
Para presidente nacional da CUT, Temer baseia-se no chamado 'voo de galinha' para transformar derrotas econômica e moral em planilha financeira
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Foto: Marcelo Moura / Freeimages

São Paulo - Não foi apenas economistas que rechaçaram a comemoração de Temer com o cresimento do PIB Brasil de 1% no primeiro trimestre de 2017. O presidente da CUT, Vagner Freitas, também fez críticas à reação do presidente.

Para Freitas, Temer não conhece a realidade, as necessidades e muito menos o sofrimento dos brasileiros que, em seu governo, perderam os empregos e tiveram as condições de vida pioradas. “Temer comemora o desemprego, o sofrimento do povo. Exalta uma planilha. Mas o povo não come planilha, não trabalha planilha, não mora em uma planilha”, disse, segundo matéria da CUT.

Segundo levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), ainda que tenha havido algum avanço, a economia encontra-se debilitada. Comparando o trimestre de 2017 com 2016, houve queda de 0,4%, enquanto o índice acumulado de queda em 12 meses é de 2,3% no Produto Interno Bruto.

Ainda assim, segundo o Dieese, o crescimento tem mais relação com fatores externos, como exportação e alta dos preços dos produtos exportados no mercado mundial, do que com ações internas de política econômica, configurando-se no chamado 'voo de galinha'. Visão semelhante a dos economistas Marcio Pochmann e João Sicsú.

Índices como a formação bruta do capital fixo (FBCF), que medem o investimento em maquinários, novas indústrias etc., – veja tabela abaixo – apresentam queda e são o indicador mais preciso da fragilidade da atual economia.

O que, na avaliação  do presidente da CUT, coloca a alardeada “desaceleração” da crise em bases frágeis e sem impacto efetivo para a vida do trabalhador.

Taxa do 1º tri de 2017 em comparação com o 4º tri de 2016, em %


Vagner ressalta que o governo de um país onde o desemprego cresce de maneira continuada não tem motivos para celebrar. “Um país com mais de 14,5 milhões de desempregados, 2,6 milhões em um ano de gestão Temer, não tem o que comemorar. O Brasil está parado, empresas estão fechando as portas. Não dá para transformar derrotas política, econômica e moral em vitória de planilha financeira”, critica.

Cenário de incertezas  - Na avaliação do Dieese, em um cenário de completa incerteza, encarecimento e redução do crédito, contração fiscal e redução do consumo das famílias, a queda dos investimentos indica, acima de tudo, dificuldades em se manter o cenário recente de amenização da crise para os próximos trimestres.

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