São Paulo – O Sindicato, juntamente com a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), enviou na quarta-feira 14 ofício para o presidente do banco, Gilberto Occhi, cobrando negociação imediata sobre o desconto na remuneração dos empregados que aderiram à greve geral, realizada no dia 28 de abril, e dos reflexos da classificação de falta injustificada na carreira dos bancários.
“Queremos a imediata reversão dos efeitos na carreira decorrentes da classificação da adesão à greve geral como falta injustificada. O Sindicato, através da sua atuação junto ao judiciário, obteve liminar proibindo o desconto e parecer do MPT orientando a devolução dos valores descontados até que a ação impetrada pela entidade seja julgada em definitivo. Ainda assim, a Caixa insiste em cercear o direito constitucional de greve dos seus empregados”, destaca Dionísio Reis, diretor do Sindicato e coordenador da CEE/Caixa.
“Os acordos coletivos com a Caixa, historicamente, possuem cláusula de abono e compensação dos dias de greve, cabendo assim a negociação sobre os descontos do dia 28 de abril. Os empregados não podem ser punidos por exercerem seu legítimo direito à greve, defendendo a aposentadoria, seus direitos trabalhistas e o papel social dos bancos públicos, como a Caixa, que atualmente sofre um processo de desmonte”, acrescenta.
O dirigente lembra ainda que o próprio Gilberto Occhi, quando cobrado pela representação dos empregados no Feirão da Casa Própria, afirmou que não autorizou o desconto e que iria ordenar sua reversão, o que não ocorreu.
Nova Greve Geral – Dionísio conclama todos os empregados da Caixa a cruzarem os braços no dia 30 de junho em nova greve geral, que será referendada em assembleias nos locais de trabalho.
“No próximo dia 30, cruzaremos os braços em uma greve geral ainda maior. É necessária a participação de todos os empregados da Caixa. Nossos direitos e empregos estão em jogo. Não vamos permitir que um governo ilegítimo e sua base aliada, envolvidos em escândalos de corrupção, acabem com a legislação trabalhista, destruam a economia e os bancos públicos, como a Caixa, para depois privatizá-los. Exigiremos a destituição de Temer, o fim das reformas e eleições diretas para a Presidência, Câmara e Senado”, conclui o diretor do Sindicato.
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