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Chapéu
Campanha 2018

O Brasil que os bancários querem é um país com direitos sociais e trabalhistas

Linha fina
Enfrentamento aos retrocessos oriundos do golpe, unidade dos movimentos sociais e sindical e liberdade de Lula dominaram o debate na última mesa da 20ª Conferência Nacional dos Bancários
Imagem Destaque
Foto: Jailton Garcia/ Contra-CUT

O Brasil que os bancários querem é um país mais justo, menos desigual, com direitos trabalhistas e sociais para todos. Esse foi o recado que dominou os debates da última mesa da 20 Conferência Nacional dos Bancários, que teve como tema O Brasil que queremos

Sindicalize-se e fortaleça a luta da categoria

Conferência Nacional dos Bancários iniciou na noite de sexta 8 e se encerra no domingo 10, com a plenária que aprovará a pauta de reivindicações da categoria, a ser entregue e negociada com a Fenaban (federação dos bancos).

> Mesa 1: Como o Estado de exceção consegue conviver com as democracias? 
Mesa 2: Bancários debatem defesa das empresas públicas
> Mesa 3: A nocividade do sistema financeiro

A mesa contou com a coordenação da ex-presidenta do Sindicato e atual presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira. Também estiveram na mesa Carlos Pereira Araújo, representante dos bancários do Espírito Santo; Adriana Nalesso, presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro; e Ivania Teles, presidenta do Sindicato dos Bancários de Sergipe; além dos palestrantes Guilherme Boulos, pré-candidato à Presidencia pelo PSOL; Vagner Freitas, presidente da CUT, que deu sua contribuição como representante do PT; e Adilson Gonçalves Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil). 

Na sua fala, Guilherme Boulos saudou os bancários, ressaltando que essa categoria construiu inúmeras lutas ao lado dos movimentos sociais. Ao falar sobre o Brasil que queremos, Boulos ressaltou a necessidade de uma unidade democrática de enfrentamento aos retrocessos sociais e democráticos oriundos do golpe que derrubou a presidenta Dilma Rousseff, eleita com mais 54 milhões de votos e contra quem não pesa qualquer crime. 

“No Brasil não há mais espaço para avançar em politicas sociais sem enfrentar os privilégios do 1%, da minoria que representa a elite econômica e politica do país. Temos de ter unidade democrática contra os retrocessos sociais e democráticos”, disse.

Boulos também reafirmou seu completo repúdio à prisão política do ex-presidente Lula. “A condenação sem provas e a prisão politica de Lula interferem diretamente no processo eleitoral. Diferenças políticas não podem nos fazer coniventes com injustiça. Por isso, estivemos em São Bernardo e tenho muito orgulho da ação do MTST que desmontou a farsa da acusação sobre o tríplex do Guarujá. Pra tomar lado não precisa ser militante do PT, basta compreender o que a prisão de Lula significa para a democracia”.

O pré-candidato pelo Psol destacou também a importância dos bancos públicos na construção de um Brasil menos desigual. “Não vamos ter uma retomada de políticas para os de baixo sem enfrentar os de cima. Isso significa regular o sistema financeiro, acabar com a farra dos bancos privados. Não é possível os nossos juros reais, um spread bancário acima de 30%, um escândalo. Não podemos ser a república dos bancos. Essa turma tem de aprender a pagar imposto. Os bancos públicos tem um papel fundamental nisso, para reduzir os juros, para combater o spread. A defesa dos bancos públicos não deve ser uma luta só dos bancários, mas de toda a sociedade”, enfatizou. 

> Cartilha Em Defesa dos Bancos Públicos 

“O desafio que nós temos nas mãos não é apenas para a próxima eleição, mas para a próxima geração. Vamos fazer isso lutando por Lula Livre, por justiça para Marielle, mas também ousando colocar o dedo na ferida e combater os privilégios do 1% nesse país”, concluiu Boulos. 

Por sua vez o presidente da CUT, Vagner Freitas, que falou como representante do PT, afirmou que não era ele que deveria estar na mesa e sim o ex-presidente Lula, hoje um preso político que lidera todas as pesquisas na disputa pela Presidência da República. Vagner então leu uma carta do ex-presidente ao povo brasileiro, divulgada na sexta-feira 8, que para o dirigente sintetiza o Brasil que queremos (Leia aqui). A todo momento a leitura era interrompida pelos delegados presentes com gritos emocionados de “Lula livre” e “Lula presidente”. 

Na sua participação, Adilson Gonçalves Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), também ressaltou a necessidade de uma ampla unidade da esquerda para eleger um presidente comprometido com o povo para reverter os retrocessos oriundos do golpe. 

“A esquerda tem a responsabilidade de lutar unida para garantir nas urnas a quinta vitória do povo brasileiro (...) Defender a democracia, a soberania e os direitos dos trabalhadores é uma questão central. Revogar a reforma trabalhista como primeiro ato de um novo governo é um ponto central. Temos de entrar em campo, disputarmos o voto do eleitor descrente na política, influenciado pela Rede Globo”, conclamou. 

 

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