Somente na base do Sindicato, o Santander demitiu em média 100 bancários por mês em 2018. Diante dessa realidade, incompatível com o lucro do banco espanhol - R$ 2,85 bilhões no primeiro trimestre, crescimento de 25,4% em relação ao mesmo período do ano passado – o Sindicato tem realizado diversos protestos. O mais recente ocorreu na quinta-feira 14 no Casa 1, concentração do banco espanhol localizada em Santo Amaro, zona sul da capital paulista.
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“É inadmissível que um banco como o Santander, que em 2017 só com o que arrecadou com tarifas cobriu em 171,7% todas suas despesas com pessoal, demita dessa forma. Além do número elevado de demissões, o banco também não possui critérios para os cortes. Entre os demitidos, temos aposentados, PCDs, bancários com boas avaliações. Falta sensibilidade e critérios. Sobra ganância”, critica o dirigente da Fetec-SP (Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito de São Paulo) e bancário do Santander Roberto Paulino.
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“O Santander, como concessão pública, deveria ter responsabilidade social e não colaborar com a já extremamente alta taxa de desemprego no país. Afinal, é aqui que o grupo obtém a maior parcela do seu lucro mundial”, acrescenta.
Campanha 2018
Durante a atividade no Casa 1, os dirigentes do Sindicato aproveitaram a oportunidade para mobilizar os trabalhadores para a Campanha Nacional Unificada dos Bancários.
“Precisamos de todos na luta para manter nossos direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho e Acordo Coletivo de Trabalho, ameaçados pela nova legislação trabalhista, e avançar para novas conquistas. As reivindicações gerais da categoria e a nossa pauta específica já estão com os banqueiros. É momento de mobilização e unidade para, mais uma vez, conseguirmos um bom resultado na Campanha”, conclama a dirigente do Sindicato e também bancária do Santander, Silmara da Silva.
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