Representantes dos empregados reuniram-se com a direção da Caixa para cobrar a suspensão da reestruturação promovida pelo banco que afeta mais de mil bancários de áreas meio em todo o país. A medida foi tomada unilateralmente, sem negociação com o movimento sindical, o que fere cláusula do Acordo Coletivo de Trabalho.
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A Caixa alega que não está descumprindo o ACT, porque não considera uma reestruturação. “Na verdade não é uma reestruturação. É pior. É uma desestruturação do banco público, pois a direção está esvaziando áreas estratégicas que envolvem conhecimento, e não está suprindo a falta de empregados das agências”, afirma Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa).
Os representantes dos empregados propuseram que antes de promover um processo arbitrário de reestruturação, a Caixa transferência voluntária de trabalhadores para as agências. A direção respondeu que tomará essa medida em uma eventual nova reestruturação.
Na reunião, ocorrida nessa sexta-feira 28, em Brasília, também foram denunciados descomissionamentos resultantes da reestruturação. A Caixa não se comprometeu a resolver de forma geral e nem a suspender a reestruturação, mas se dispôs a ver de forma pontual os descomissionamentos.
Direção falta à mediação com MPT
Uma mediação com o Ministério Público do Trabalho para buscar a suspenção da reestruturação foi marcada para essa segunda-feira 1º. Mas a Caixa não levou nenhum representante e alegou a necessidade de um prazo maior para o encontro. “Isso mostra que a direção do banco não tem diposição para negociar”, protesta Dionísio.
Denuncie abusos e arbitrariedades devido à reestruturação
Os empregados devem denunciar os abusos e arbitrariedades do banco nessa restruturação para que o Sindicato possa cobrar os problemas pontuais além da forma geral que a vem sendo cobrada.
As denúncias para o Sindicato podem ser feitas acessando o canal específico, pelo 3188-5200 ou enviando WhatsApp pelo 97593-7749. O sigilo do denunciante é absoluto.
Retaliação à greve geral
Os representantes dos trabalhadores também protestaram contra o desconto do salário dos empregados que aderiram à greve geral do dia 14 de junho contra a reforma da Previdência.
“Além de ser um grande movimento de defesa da seguridade social e dos direitos dos trabalhadores, na Caixa a paralisação também representou a grande insatisfação dos trabalhadores com o desmonte do banco e as condições de trabalho, e agora sua direção pratica represália marcando com falta injustificada sistematicamente. Os bancários devem denunciar ao Sindicato”, orienta Dionísio.
O Sindicato cobrou a revisão da falta injustificada, mas a Caixa ainda não respondeu.
Organização
As federações de sindicatos começarão os processos para a realização dos Congressos estaduais da Caixa. Em São Paulo será realizada assembleia no dia 4 para eleição dos delegados que participarão do congresso estadual no dia 13. O Congresso Nacional da Caixa será realizado nos dias 1 e 2 de agosto.
“Estamos buscando todos os meios de resistência contra essa desestruturação que está sendo feita por esse governo e essa direção que não conhecem o banco público. O 35º Conecef reunirá trabalhadores do país todo e de todos os segmentos da empresa para debater a estratégia de luta dos empregados”, afirma Dionísio Reis.