O movimento sindical cobrou da direção da Caixa o cumprimento do prootocolo de intenções que visa adoção de boas práticas na prevenção de contaminação da Covid-19 no acesso aos serviços bancários.
A Caixa vem descumprindo o protocolo, assinado em maio, em pontos essenciais como a atuação referente ao grupo de risco mais abrangente e o afastamento dos trabalhadores terceirizados em caso de contaminação no local de trabalho. Outra medida em descumprimento é a adoção do protocolo de afastamento imediato quando houver casos confirmados ou suspeitos de Covid-19 na unidade, com adoção de quarentena.
> Tempo Real: Acompanhe as notícias sobre o Coronavírus nos bancos
> Perguntas e Respostas sobre o Coronavírus nos bancos
No documento, assinado em maio, estão os compromissos assumidos pela Caixa para evitar a contaminação dos empregados, terceirizados e da população que precisa do banco público para receber auxílio emergencial. Ele foi assinado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), o Ministério Público do Trabalho (MPT), o Ministério Público Federal (MPF) e a Caixa Econômica Federal.
"A assinatura do protocolo de intenção foi uma ótima iniciativa, no entanto é imperativo, aos trabalhadores da Caixa e à população, para a preservação da vida que os protocolos sejam readequados", afirmou o coordenador da CEE/Caixa e diretor do Sindicato, Dionísio Reis.
Ainda segundo Dionísio, é necessário também rever a adoção do parâmetro subjetivo como o contato, previsto no novo protocolo do banco e afastando aqueles que tiveram contato físico direto a um 1,5 metro do infectado, desconsiderando que o vírus se aloja nas superfícies e locais.
"Os índices verificados do contágio e adoecimento no país justificam essas medidas. Não é o momento de abrandar os protocolos. É o momento de fortalecer a prevenção e a promoção da saúde, e a Caixa deve fazer isso", afirma.
Protocolos
Em meados de maio, a Caixa divulgou novos protocolos, diminuindo a segurança da saúde dos empregados e da população. O banco abrandou medidas protocoladas, entre elas a retirada da quarentena de até 14 dias no caso de sintomas verificados em unidade.
O texto diz que a confirmação da doença para fins de cumprimento de protocolo a partir de agora só com apresentação do exame PCR. Antes, não mencionava o tipo de exame. Para os casos de confirmação ou suspeita da Covid-19, o protocolo alterou de cinco para sete dias corridos o prazo da quarentena para os que tiveram contato próximo com o suspeito ou contaminado.
Outro ponto importante da cobrança é a flexibilização dos protocolos de quarentena e afastamento dos grupos de risco para os trabalhadores terceirizados do banco. Sem a adoção do Protocolo 1 para esses trabalhadores, a Caixa expõe todos os empregados e a população ao risco de contágio da Covid-19.
Leia aqui a íntegra do Protocolo de Intenções