Em pleno auge da pandemia do coronavírus, algumas vice-presidências da Caixa estão cobrando que 30% dos empregados das áreas meio abandonem o regime de home office e voltem a trabalhar presencialmente. O Sindicato dos Bancários e a Apcef/SP apuraram que receberam esta ordem áreas vinculadas às vice-presidências de Pessoas (Vipes), Logística (Vilop), Agente Operador (Vimap) e Riscos (Vicor).
A adoção da medida em um momento em que a curva de contaminações e mortes pelo coronavírus no Brasil ainda está crescendo representa um retrocesso nos protocolos de proteção da saúde implantados pela Caixa.
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A situação faz parte do processo que vem ocorrendo desde o início de junho, com redução das proteções conquistadas nos protocolos que estavam sendo seguidos desde o início da pandemia, como por exemplo: quadros reduzidos para atendimento, rodízio de trabalhadores das agências entre presencial e home office, atendimento apenas de serviços essenciais com foco no auxílio emergencial, garantia de quarentena de todos os trabalhadores em caso de covid-19 no local de trabalho, incluindo os terceirizados, assepsia, entre outros.
A cobrança de metas, por exemplo, levou os trabalhadores a se sentirem pressionados a aderirem ao “Quero Atender”, e abandonarem o rodízio. A retomada dos Processos Seletivos Internos segue a mesma linha.
Diante da situação, o Sindicato e a Apcef/SP estão percorrendo centros administrativos da Caixa para conversar com os empregados, iniciando uma campanha para pressionar a direção do banco a rever as medidas, e manter o protocolo inicial. Nesta segunda-feira 22, os representantes dos trabalhadores estiveram no prédio da Sé.
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Importante destacar que não há nenhum documento oficial da Caixa exigindo que os empregados regressem do home office. Por meio de vídeo chamadas, as vice-presidências estão cobrando esta medida dos gestores, que se encontram em uma situação delicada, tendo de escolher quem continuará em home office e quem terá de se arriscar se deslocando para o trabalho presencial
“Essa decisão irá expor os trabalhadores a um risco desnecessário. O pessoal foi pego de surpresa e todos estão muito chateados com esta medida, pois terão de se arriscar diariamente no transporte público e no local de trabalho, e a Caixa, desrespeitosamente, não dá qualquer satisfação quanto ao motivo da decisão”, enfatiza a dirigente sindical e empregada da Caixa Vivian Sá.
“Todas as áreas contatadas estavam apresentando produção acima de antes de entrarem no home office, o que reforça a falta de sentido para a adoção desta medida. A Caixa não deve explicações apenas aos trabalhadores, mas a toda população, que só perde com mais gente em circulação nos espaços e transporte público”, afirma a dirigente.
“A Caixa é um banco público, é do povo, mas a gestão não parece se dar conta disso, usando o conjunto dos trabalhadores politicamente para reforçar a ideia de que o distanciamento social não deve ser utilizado para combater o coronavirus. É preciso entender que este ataque está em todas as instâncias da empresa, e o preço dessas decisões é muito alto, mas isso não parece incomodar a atual gestão”, finaliza Vivian.
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