Há 51 anos, um grupo de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais escolheu resistir. Em Nova Iorque, Estados Unidos, em 28 de junho de 1969, as pessoas que frequentavam o bar Stonewall Inn reagiram a uma série de batidas policiais que eram realizadas ali com frequência. Nesta data, celebra-se desde então o Dia Internacional do Orgulho LGBT.
O levante contra a perseguição da polícia às pessoas LGBT durou mais duas noites e, no ano seguinte, resultou na organização na 1° parada do orgulho LGBT, realizada no dia 1° de julho de 1970, para lembrar o episódio. Hoje, as Paradas do Orgulho LGBT acontecem em quase todos os países do mundo e em muitas cidades do Brasil ao longo do ano. Neste ano, entretanto, por conta da pandemia de coronavírus, os eventos tem sido realizados de forma virtual.
A organização das pessoas LGBT em sindicatos, associações, diretórios estudantis e outros espaços, tem conquistado avanços com o passar da história. Mais recentemente, os homens gays conquistaram o direito de doar sangue, graças a uma decisão do STF. A maioria dos ministros votou por tornar inconstitucional a proibição e considerou as regras da Anvisa e do Ministério da Saúde discriminatórias.
"Esse é o caminho, da organização dos trabalhadores LGBTs em espaços que discutem e deliberam sobre nossos direitos e cidadania. Estamos em ano eleitoral e é importante que os LGBT se candidatem, para ocupar estes espaços. Apoiar as legendas políticas e os parlamentares comprometidos com a luta da população LGBT, é dar visibilidade a uma pauta que sofre com os ataques do fundamentalismo religioso de uma parcela conservadora da sociedade, calcada num discurso de ódio", comemora o coordenador do coletivo LGBT do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Anderson Pirota.
Respeito a diversidade
Para a secretária geral do Sindicato, Neiva Ribeiro, celebrar o 28 de junho é um ato de resistência e um importante momento para discutir o respeito ao direito de todos e como a sociedade se mobiliza para impedir os retrocessos que vivenciamos nos dias de hoje, com ataque as minorias.
"Se defender e debater essa pauta sepre foi um grande desafio, que conta com a coragem, paixão e o empenho de muitos militantes em diversos espaços sociais, imaginemos fazer isso em um governo com inclinações facisctas e genocidas? Todos os que defendem um sociedade justa , democrática e igualitária precisam se somar a esse debate, por isso o sindicato comemora do dia 28 como um dia de luta", disse a secretária.