Durante os dias 27 e 28 de junho, acontece em Fortaleza o I Fórum Sindical Internacional Impacto da Digitalização no Sistema Financeiro. O evento faz parte da 5ª Conferência UNI Américas, que ocorre até a próxima quinta-feira, 30, reunindo cerca de 600 dirigentes sindicais de 24 países e 124 organizações.
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A abertura reuniu diversas lideranças sindicais como Rúben Cortina, presidente UNI Sindicato Global, Rita Berlofa, presidenta UNI Finanças, Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT, Theresa Mortimer, presidenta UNI Américas Gênero e Igualdade, Héctor Daer, presidente UNI Américas, Márcio Monzane, secretário regional UNI Américas e Christy Hoffman, secretária geral UNI Sindicato Global.
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Durante o primeiro dia, nesta segunda 27, os participantes debateram experiências e conclusões sobre reunião de diálogo tripartite na OIT sobre Impacto da digitalização no sistema financeiro e automação do setor, fintechs, entre outros temas.
Segundo a presidenta da UNI Finanças, Rita Berlofa, o setor financeiro é um dos mais impactados pelas novas tecnologias e a melhor forma de fazer o enfrentamento é que tenhamos sindicatos fortes, com condições de negociar. “Estamos debatendo também a defesa da democracia, porque sem democracia não há direitos de trabalhadores, não há sindicatos e o que reina é a bárbarie”, enfatizou.
“Precisamos construir uma aliança global em defesa dos trabalhadores, além de debatermos a defesa dos bancos públicos. Em muitos países, os trabalhadores não são tão organizados e os sindicalistas enfrentam muitas perseguições”, destacou João Fukunaga, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEEBB).
“Estamos discutindo várias propostas de organização para fazer frente aos impactos negativos que essa digitalização vem fazendo: redução de postos de trabalho, precarização, e um debate que está muito atual que é como nós trabalhadores podemos nos apropriar dos ganhos oriundos da tecnologia, que esses ganhos se revertam em mais contratações e possam descansar, ter mais saúde, mais qualidade de vida e que a sociedade pare para discutir que mundo nós queremos”, ressaltou Neiva Ribeiro, vice presidenta da UNI Américas Mulheres e secretária-geral do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região.
“O que podemos ver é que esse não é um problema só do Brasil [impacto da digitalização e atuação das fintechs] e que precisamos atuar na regulação tanto do sistema financeiro quanto dos direitos trabalhistas, para fortalecer a organização desses trabalhadores para que não haja precarizações. Nós estamos tendo aqui a oportunidade de debatermos nessa conferência vários temas importantes para o continente para construirmos uma sociedade mais justa”, concluiu Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT.
O Fórum segue sua programação nesta terça, 28, com uma manifestação de rua em defesa dos bancos públicos pela manhã e, à tarde, a explanação de um relatório sobre a situação dos bancos públicos no Brasil, debate sobre cota trabalhista trans na Argentina e debate sobre bancos públicos nas Américas.